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Setor de serviços brasileiro tem queda de 4% em março e fecha o primeiro trimestre no vermelho, aponta o IBGE

Retração nos primeiros três meses do ano foi de 0,8%. (Foto: Divulgação)

O volume de serviços prestados no Brasil teve queda de 4% em março, na comparação com fevereiro. Com o resultado, o setor fechou o primeiro trimestre com retração de 0,8% na comparação com igual trimestre do ano passado. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em fevereiro, o setor de serviços havia superado, pela primeira vez, o patamar pré-pandemia. Todavia, o baixo desempenho em março fez com que ele voltasse a operar em nível abaixo do que era observado em fevereiro de 2020, antes da crise sanitária global.

“O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, enfatizou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Na comparação com março de 2020, o setor teve alta de 4,5%, após 12 taxas negativas seguidas nesta base de comparação. Em 12 meses, o volume de serviços prestados no país registra um tombo de 8%.

Perspectivas

A confiança empresarial teve, em abril, a primeira alta após seis quedas seguidas, conforme o último levantamento divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Segundo a entidade, a indústria é único setor a registrar níveis elevados de confiança. No entanto, o índice do comércio, que em março havia despencado para o menor nível desde maio de 2020, teve alta de 11,6 pontos, no mês.

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever uma maior expansão da economia este ano. Conforme o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, a previsão é de que o PIB (Produto Interno Bruto) do País tenha alta de 3,21% – antes, o crescimento previsto era de 3,14%.

O mercado financeiro também aumentou a projeção de alta da inflação para este ano, de 5,01% para 5,04%. A previsão de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%, e se aproxima do teto do sistema de metas: 5,25%. Isso porque, pelo sistema atual, a inflação será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

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