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Seu chip de celular pode ser porta para golpes: entenda os riscos e como se proteger

Mesmo com o celular bloqueado por biometria, se o chip não estiver protegido, ele pode ser retirado e usado em outro aparelho. (Foto: Freepik)

Roubar um telefone celular não é mais apenas sobre levar um aparelho caro. Para criminosos, o verdadeiro tesouro pode estar no pequeno chip que vem dentro dele: o SIM card. Esse pedaço de plástico, que permite o funcionamento do celular na rede da operadora, pode ser a porta de entrada para golpes financeiros graves, incluindo invasões de contas bancárias, sequestro de perfis em redes sociais e fraudes por SMS ou WhatsApp.

Mesmo bloqueado, o criminoso pode inserir o SIM card em outro aparelho; receber SMS com códigos de autenticação; resetar senhas de contas associadas ao número (como bancos, e-mails e redes sociais); se passar pelo dono do número para aplicar golpes com engenharia social.

Mesmo com o celular bloqueado por biometria, se o chip não estiver protegido, ele pode ser retirado e usado em outro aparelho.

Como se proteger?

Ative o código PIN – Uma das proteções mais importantes é ativar o código PIN do chip. É possível colocar uma senha de 4 dígitos no próprio chip (SIM card). Assim, se alguém tentar usá-lo em outro aparelho, o código será exigido.

No Android ou iPhone, vá em Ajustes/Configurações; acesse Segurança ou Redes móveis > SIM card; procure por Bloqueio do SIM e ative; crie um PIN (anote em local seguro); o padrão da operadora costuma ser 0000 ou 1234, mas você pode mudar. Atenção: três erros no PIN bloqueiam o chip e exigem o PUK (código fornecido pela operadora).

Ative a verificação em duas etapas (2FA) – Use a autenticação de dois fatores em todas as contas sensíveis, especialmente bancos, WhatsApp, e-mails e redes sociais. Prefira aplicativos de autenticação (como Google Authenticator ou Authy) em vez de receber códigos por SMS — pois o SMS pode ser interceptado.

Use senhas fortes e diferentes – Essa deve ser a parte mais difícil de colocar em prática: evite repetir senhas em serviços distintos e utilize gerenciadores de senhas.

Bloqueie o IMEI e o chip em caso de roubo, pois isso inutiliza o celular na rede; registre boletim de ocorrência e avise bancos e atualize senhas. As informações são do portal Extra.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criou uma lista, no portal da entidade, com os seis principais métodos usados por golpistas para conseguir dinheiro e dados de vítimas pelo celular.

A iniciativa da Febraban detalha formas de evitar cair nesses golpes.

Entre as recomendações dadas pela federação dos bancos para aumentar a segurança dos aparelhos estão:

bloqueio de tela inicial
bloqueio automático de tela
biometria facial
biometria digital

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