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Sintomas de rinite e de coronavírus são facilmente diferenciáveis

Lugar onde mais se espirra é em casa. (Foto: Reprodução)

Com o tempo seco, os sintomas de rinite devem aparecer. Como saber para não confundir com o coronavírus e saber a hora de procurar um médico?

Segundo especialistas, doentes pulmonares crônicos devem ter cuidado redobrado.

Como explica José Eduardo Afonso Junior, pneumologista do Hospital Albert Einstein, podem-se definir os sintomas da rinite como nasais e os da Covid-19 como sistêmicos, ou seja, pelo resto do corpo.

“Rinite alérgica tipicamente causa coceira no nariz, coriza e espirros. Na infecção pelo coronavírus, a menor parte dos pacientes apresenta sintomas nasais, a maioria tem febre, tosse, dor no corpo e fadiga”, explica.

A tosse da rinite ou de qualquer outra inflamação nasal, como a bronquite ou a sinusite, costuma ser carregada de secreção; a da Covid-19, seca.

“Rinite nunca vai ter febre. Se tiver, suspeita de outra coisa, não só coronavírus, mas também outros vírus como o influenza [da gripe]”, completa.

Ele ainda faz o alerta que a mudança de estação, a passagem do calor para o frio, o tempo seco e o ar poluído são fatores de risco para os asmáticos, que, em uma crise, podem acabar tendo uma bronquite, inflamação dos brônquios.

Neste caso, os sintomas são um pouco mais parecidos aos da Covid-19, mas há como diferenciar.

“Os sintomas podem se confundir mais, porque a asma vem com tosse e falta de ar. Nesse sentido, vale a mesma regra, habitualmente a infecção por vírus vem com febre”, finaliza.

Diretor do centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, o cardiologista Roberto Kalil informa ainda que doentes crônicos, cardíacos ou pulmonares, são mais suscetíveis ao agravamento de quadro e, por isso, apresentam maior risco para qualquer infecção, não só para o coronavírus.

A recomendação é que quem toma remédios de uso contínuo ou tem problemas respiratórios não abra mão do uso do medicamento, apenas sob ordem médica.

A nova doença se diferencia tanto pelo tempo de manifestação dos sintomas, de 2 a 14 dias após o contato com o vírus (o chamado período de incubação), quanto no agravamento do quadro, que ocorre de forma gradativa e, em casos extremos, pode levar à falência dos órgãos.

Já os sintomas da gripe do vírus influenza surgem de forma repentina, com tempo de incubação curto, de 1 a 7 dias. Em comum com o novo coronavírus, febre e tosse seca. Também cansaço, dores no corpo, garganta e cabeça podem aparecer em ambas as doenças.

Com tantas coincidências, como saber a hora de se preocupar mais? A infectologista Raquel Stucchi afirma que os principais indicadores da nova doença são a febre alta, a tosse e o cansaço ou falta de ar. Ao senti-los, a orientação é de se procurar atendimento médico.

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