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Sob ataques de advogados, juiz Sergio Moro faz críticas à defesa de empreiteiro preso

Para Sergio Moro, a defesa de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht “busca retardar o julgamento com novos e intempestivos requerimentos”. (Foto: Dida Sampaio/AE)

Poucos dias após advogados terem publicado um manifesto contra a Operação Lava-Jato, com pesadas críticas à investigação sobre o esquema de corrupção na Petrobras, o juiz federal Sergio Moro disse nos autos de uma ação que a defesa de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht “busca retardar o julgamento com novos e intempestivos requerimentos”. Os defensores da Odebrecht, Nabor Bulhões, Dora Cavalcanti e Augusto de Arruda Botelho, estão entre os signatários da carta.

A crítica dos advogados foi publicada em jornais. “Nunca houve um caso penal em que as violações às regras mínimas para um justo processo estejam ocorrendo em relação a um número tão grande de réus e de forma tão sistemática”, disse o texto.

Publicamente, Moro ficou em silêncio. Mas, nos autos da ação contra o empresário Marcelo Odebrecht e Márcio Faria, executivo ligado ao grupo, ele reagiu. Ele despachou pedidos feitos na semana passada pelas defesas – em um dos processos que eles respondem por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo o juiz, os pedidos têm apenas caráter protelatório.

Marcelo Odebrecht, Márcio Faria e Rogério Araújo estão presos desde 19 de junho de 2015. Um a um, os recursos interpostos pelos advogados dos réus estão sendo vetados pela Justiça brasileira. Há dez dias, o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou o pedido de liberdade para Odebrecht. (AE)

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