- A notícia das negociações para venda do Palácio das Hortênsias, em Canela, fez recordar a origem das peças que compõem o solar construído na primeira metade do século 20 pelo casal Aracy e Armando Ribeiro, ele um dos grandes colecionadores de antiguidades e peças históricas da capital. Conta à tradição, que Armando Ribeiro aproveitando a demolição de prédios antigos – especialmente na avenida Voluntários da Pátria – artéria importante nos primórdios – juntou o material para construir sua residência na avenida Carlos Gomes. Inclusive, teria conseguido peças importantes que haviam pertencido à grande morada em que viveu Dom Diogo Martim de Sousa Teles de Meneses, primeiro Conde de Rio Pardo, e primeiro capitão general da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Lá, Armando Ribeiro reuniu uma das maiores coleções de antiguidades de que se tem notícia, inclusive com peças adquiridas pelo casal Felisbina Hartley Maciel Assunção e José Joaquim Assunção no leilão do espólio do Imperador Dom Pedro II, e mais tarde repassadas ao colecionador.
- Posteriormente, na década de 1960, o solar passou às mãos de Eva e Wolf Sopher, que residiram lá até a morte dele, quando Eva doou a morada para ser transferida para Canela – passando a ser a residência oficial do governo gaúcho no verão. Portanto, quem adquirir a morada estará investindo numa construção que contém muito da história da cidade.