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Sonda da Nasa encontra gás hidrogênio em lua de Saturno

Oceano da Encélado está sob camada de gelo - rachaduras exteriorizam substâncias em plumas. (Foto: Nasa)

Em mergulho mais profundo da nave espacial Cassini, que está em missão pela Nasa (agência espacial norte-americana) ao redor de Saturno há 13 anos, instrumentos detectaram a presença de gás hidrogênio nas plumas da lua Encélado, o sexto maior satélite ao redor do planeta. A descoberta foi publicada pela revista Science. A agência espacial fez uma transmissão ao vivo para detalhar descobertas nesta quinta-feira (13).

Os resultados são relatados pelo astrônomo Hunter Waite e seus colegas, que continuam a demonstrar que a única fonte plausível desse gás hidrogênio são reações entre pedras quentes e o oceano, abaixo da superfície gelada da lua. De acordo com a Nasa, a pequena lua Encélado tem a maioria das condições necessárias para ter vida.

“Os resultados de Waite e colegas representam um avanço importante na avaliação da habitabilidade da Encélado”, sugere Jeffrey Seewald, do Instituto de Oceanografia Woods Hole.

O voo rasante ocorreu em 2015, quando a nave conseguiu “sugar” amostras das plumas, gases que saem entre as fendas da lua. A Encélado tem um oceano subterrâneo coberto por uma camada de gelo, com líquidos e gases escapando pelas rachaduras.

Durante sua longa missão em torno de Saturno, a Cassini fez descobertas importantes, como a existência desse vasto oceano abaixo a superfície gelada da Encélado, assim como mares de metano líquido em Titan, outro satélite de Saturno.

Nesta quinta-feira, a Nasa também anunciou que há evidências de plumas e vapores na lua Europa, de Júpiter, capturadas pelo telescópio Hubble.

Cassini

A sonda Cassini da Nasa, na órbita de Saturno desde 2004, está pronta para iniciar as manobras para mergulhar na atmosfera do planeta gigante de gás em 15 de setembro.

Com 12 instrumentos científicos, a sonda realizará no próximo dia 26 de abril a primeira descida ao espaço inexplorado de 2.400 km que há entre Saturno e seus anéis, destacou a Nasa.

“Nenhuma sonda se aventurou nesta região única que vamos tentar cruzar 22 vezes”, explicou Thomas Zurbuchen, da direção de missões científicas da Nasa. “O que aprendermos das últimas órbitas da Cassini nos permitirá aperfeiçoar nossa compreensão da formação e evolução dos planetas gigantes e dos sistemas planetários em geral”, destacou o especialista.

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