Sonia Braga pediu ao estilista americano Narciso Rodriguez, queridinho da primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, um vestido para arrasar no tapete vermelho do Palácio dos Festivais, em Cannes, dia 17.
É na Croisette que, 31 anos depois de representar o aclamado “Beijo da Mulher Aranha”, a atriz vai disputar a Palma de Ouro pelo filme “Aquarius”, do pernambucano Kleber Mendonça Filho.
“Poder fazer isso em português, com um diretor tão talentoso, já é um sonho realizado. Mas se meu trabalho for reconhecido vai ser maravilhoso, vou ficar muito feliz, não posso negar. Sei que, como mulher e atriz, isso traria muita alegria aos brasileiros”, diz Sonia, com segurança, apesar de ainda não ter assistido ao longa.
“Sei o filme que fizemos. Recife foi uma experiência incrível para mim”, explica. Na produção, ela interpreta Clara, uma viúva que vive com os filhos no bairro recifense de Boa Viagem.
“Eu e ela temos semelhanças quanto à idade, perseverança, gentileza. É uma mulher que ama seu país, sua terra e sempre luta por justiça. A diferença é que não tenho filhos. Sou mochila nas costas, pé no chão, e ainda tenho uma vontade grande de aprender e colaborar”, afirma Sonia, do alto de seus 65 anos.