A startup americana Space Tango está tomando providências para fazer o que muitos que vão ler esta nota com certeza já imaginaram fazer: ela planeja lançar ao espaço plantas e sementes para cultivo de maconha. No espaço.
A empresa é especializada em desenvolver minilaboratórios em contêineres miniaturizados para pesquisas conduzidas na Estação Espacial Internacional (ISS). Como a estação em si é bastante populosa, o espaço disponível para montar uma área própria de análises laboratoriais é muito pequeno, então a praticidade impera. O mesmo vale para clientes da Space Tango que queiram levar materiais ao espaço: a cervejaria Anheuser-Busch envia, ocasionalmente, plantas e sementes da feitura de suas cervejas ao espaço para testar a reação dos componentes.
Agora, a própria Space Tango quer fazer o mesmo: usando os seus característicos módulos de pesquisa (Cube Nodes) e contando com a ajuda de duas parceiras (Atalo Holdings e Anavii Market), a empresa pretende enviar ao espaço sementes de cannabis a fim de testar o cultivo da planta em ambiente de zero gravidade, bem como determinar a possibilidade de serem criadas novas e mais eficazes plantas para o uso medicinal.
“Cada vez que uma nova plataforma física é dominada, como o eletromagnetismo, isso leva a um crescimento exponencial de conhecimento, beneficiando a raça humana e a formação de capital”, disse o chairman e cofundador da Space Tango, Kris Kimel. “Ao usar a microgravidade, nós criamos a visão de um futuro onde muitas das próximas grandes descobertas nas áreas de saúde, biologia vegetal e tecnologia podem muito bem ocorrer fora do planeta Terra”.
Mercado promissor
Um dos mercados mais promissores nos Estados Unidos atualmente é o da maconha. Há um grande boom de iniciativas na Costa Oeste, onde os estados estão legalizando a maconha aos poucos.
Enquanto aqui a maconha é tratada como um caso de polícia muitas vezes, por lá, virou uma grande oportunidade de negócios. Até grandes nomes, como Snoop Dogg, estão investindo bastante nessas startups.
Afinal, usa quem quer e eu não acredito, genuinamente, que esta é uma escolha do indivíduo e ninguém pode te proibir de usar algo que, em teoria, só faz mal a você mesmo.
Uma das iniciativas mais bacanas neste segmento é a Seedo Lab, de Denver, no Colorado. Eles criaram uma estufa portátil, parecendo um frigobar, que pode ser usada para cultivar maconha ao longo de um certo período de tempo.
A estufa se adequa as necessidades daquele tipo de erva e você ainda consegue monitorar todas as necessidades dela. Ela conta com uma dezena de features, muitas delas acessíveis pelo celular.
Como plantar maconha demora tempo, ainda há uma câmera na estufa. Ou seja, o usuário fica ali, monitorando o crescimento da sua maconha numa boa.
A tecnologia vai derrubar leis: ao mesmo tempo que ela facilita a criação de maconha na casa dos usuários, há pessoas que já imprimiram armas funcionais em impressora 3D – eliminando a maior parte das regras anti-armamento.