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STICC promoveu debate público sobre a nova lei de imigração e o mundo do trabalho

(Foto: Daniel Jacques)

Para celebrar o Dia Mundial do Refugiado, celebrado nesta quarta-feira (20), o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil – STICC realizou o debate público “A nova Lei de Migração e o mundo do trabalho: Perspectivas humanitárias em um contexto de luta de classes”.

Segundo o professor Mateus Muller, organizador do evento, a discussão é importante para “aproximar cada vez mais o migrante do mundo do sindicato e da academia, e demonstrar que de fato há uma unidade na luta em defesa do trabalhador. Além disso, entender o que está acontecendo no cenário das modificações legislativas é fundamental para a nossa atuação. Houve avanços na questão migratória, mas tivemos muitas perdas importantes com a reforma trabalhista”, ressalta.

Palestrante do evento, a haitiana Misleine René está há quatro anos e dez meses no Brasil, onde chegou com dois filhos depois de o marido se estabelecer em Manaus (AM). Dois anos depois, vieram todos para Porto Alegre. Ela destaca que o Brasil foi o primeiro país a abrir a porta aos haitianos após o terremoto de 2010. “Ainda há preconceito, mas nós viemos para trabalhar e buscar uma vida melhor”, afirma. Também há pouco mais de três anos, Misleine é funcionária no STICC. Ela e as crianças ainda estão no período do visto de cinco anos, mas buscarão permanecer no país legalmente.

Para Israel Guterres do Nascimento, presidente do STICC, o tema é importante para a entidade. “É uma oportunidade para a troca de conhecimento sobre a questão dos migrantes e sobre o impacto da reforma trabalhista no seu contexto. Continuaremos sempre ativos contra quaisquer mudanças que afetem ou prejudiquem o trabalhador”.

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