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Supremo autoriza a compartilhar delações da Operação Lava-Jato com a Receita Federal

Teori (foto) decidiu devolver ao juiz Sérgio Moro duas investigações que haviam sido remetidas ao Supremo (Foto: Dida Sampaio/AE)

Relator da Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Teori Zavascki autorizou nessa quinta-feira o compartilhamento com a Receita Federal das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que foram fechadas com o MPF (Ministério Público Federal) durante as investigações do esquema de corrupção na Petrobras. As provas serão repassadas para o Setor de Fiscalização do Fisco decidir sobre a abertura de procedimentos fiscais, caso haja indícios que o justifiquem.

As investigações apontaram que Youssef teria atuado com outros operadores, pequenos empresários e contadores, para a utilização de companhias pré-constituídas para lavagem de dinheiro. As empresas seriam, principalmente, do ramo de engenharia e construção. Foi a partir das delações premiadas do doleiro e do diretor da petroleira que o STF autorizou a abertura de inquérito contra a maioria dos políticos averiguados por participação no esquema de propinas.

Até agora, 36 congressistas, 23 deputados e 13 senadores, são alvos da Corte por suposto envolvimento nos desvios de dinheiro na estatal. Ao todo, o STF e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) investigam oficialmente 61 pessoas na Operação Lava-Jato. O número poderá ser maior porque há investigações ocultas.

As apurações começaram em março. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu até o momento cinco denúncias ao STF por conta das investigações, entre elas a do líder da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que poderão virar réus em ação penal. (Folhapress)

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