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Supremo julga denúncia contra Cunha nesta quarta

O deputado é acusado de receber propina no valor de 5 milhões de dólares para permitir a contratação de navios-sonda pela Petrobras. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Uma denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), será julgada nesta quarta-feira no STF (Supremo Tribunal Federal). Se a denúncia for aceita, o inquérito que investiga o suposto envolvimento de Cunha em desvios na Petrobras será transformado em ação penal e o parlamentar se tornará o primeiro réu na Lava-Jato no foro especial. O deputado é acusado de receber propina no valor de 5 milhões de dólares para permitir a contratação de navios-sonda pela estatal.

O STF também deverá analisar o pedido de Janot para afastar Cunha da presidência da Câmara e do mandato parlamentar, mas o julgamento ainda não tem data marcada. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no começo desta semana, 76% dos brasileiros defendem a renúncia do presidente da Câmara. Boa parte dos indícios contra Cunha partem da delação premiada de Fernando Baiano. Segundo o lobista, o parlamentar recebeu propina em dinheiro e também créditos para usar aviões particulares fretados. A quantia devida a Cunha totalizava 7 milhões de reais. O dinheiro foi repassado pelo lobista Julio Camargo a Baiano em espécie, por meio do doleiro Alberto Youssef.

Contas na Suíça
Há outro inquérito contra o presidente da Câmara no STF. A investigação da Lava-Jato trata das contas abertas na Suíça em seu nome. Em outubro do ano passado, o relator, ministro Teori Zavascki, determinou a transferência para uma conta judicial no Brasil de 2,5 milhões de francos suíços – correspondentes a 9,6 milhões de reais. O dinheiro ficará bloqueado em uma conta judicial.

(AG)

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