Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2016
O relator da Operação Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Teori Zavascki, entendeu haver suspeitas de que um assessor parlamentar do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Cleverton Melo Costa, teria comprado votos durante as eleições. Diante disso, o ministro determinou que as suspeitas contra ele fossem encaminhadas para a Justiça Eleitoral de Alagoas, onde serão investigadas.
Como foi para a Justiça Eleitoral no Estado, a investigação não implica Collor em nenhum crime eleitoral, pois o senador só pode ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Já denunciado ao STF acusado de receber 26 milhões de reais em propinas no esquema de corrupção na Petrobras e também alvo de impeachment em 1992, o ex-presidente e senador vai ser um dos responsáveis por julgar o processo de afastamento de Dilma no Senado.
A decisão atende a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a Procuradoria encontrar na residência de Cleverton, em Alagoas, um caderno “com anotações possivelmente referentes a compra de votos”, segundo Janot. O material é resultado da Operação Politeia, desdobramento da Lava-Jato no Supremo que mirou em Collor e outros políticos com foro privilegiado, realizada no ano passado. O material da busca, contudo, permanece sob sigilo na Corte e não há informação sobre em qual eleição há suspeita de compra de votos por parte de Cleverton. (Mateus Coutinho/AE)