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Supremo vai abrir inscrições para quem quiser assistir pessoalmente ao julgamento de Bolsonaro

e houver muita demanda, o STF poderá instalar um telão no plenário da Segunda Turma. (Foto: Reprodução)

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve abrir credenciamento nesta semana para quem quiser acompanhar pessoalmente o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete acusados de planejarem um golpe de Estado. Como são poucos assentos na Primeira Turma, muitos interessados em assistir às sessões devem ficar de fora.

O procedimento faz parte do protocolo de segurança do tribunal. Devem ser instalados mais pórticos de raio x nas portarias do Supremo. As cercas de metal continuarão circundando o local. A equipe de segurança do STF deverá ser reforçada nos dias do julgamento, agendado para o período de 2 a 12 de setembro.

O plenário da Primeira Turma conta com 126 poltronas. Parte delas estará reservada para advogados que atuam no processo e réus que queiram comparecer. Também foram instaladas 80 cadeiras extras para a imprensa credenciada. O restante dos assentos será destinado ao público interessado em comparecer ao local.

Se houver muita demanda, o STF poderá instalar um telão no plenário da Segunda Turma, que fica no andar de cima, para transmitir a sessão para o público e os jornalistas que não conseguirem vaga na Primeira Turma.

Além disso, será instalado um telão na entrada do edifício onde funcionam as turmas, para uso da imprensa, como aconteceu em outras sessões de julgamento dos processos sobre a trama golpista.

Caberá aos advogados indicarem no processo o nome de quem fará a sustentação oral, e se os réus querem acompanhar o julgamento presencialmente. Haverá transmissão ao vivo pela TV Justiça e pelo canal oficial do STF no YouTube.

Bolsonaro diz querer ir ao seu julgamento no STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conversa com aliados para definir se vai participar presencialmente do julgamento da trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele disse a pessoas próximas que gostaria de estar na corte em algumas das sessões, quando ficaria frente a frente com os ministros que ele considera algozes, mas aliados têm citado a possibilidade de seu quadro de saúde ser um empecilho para esse plano.

A ideia de comparecer ao tribunal no último capítulo do processo, que pode condená-lo a mais de 40 anos de prisão sob acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, é descrita pelo entorno do ex-presidente como uma forma de demonstrar força e evitar a impressão de que estaria acuado por seus julgadores.

O STF marcou o começo do julgamento para o dia 2 de setembro, com conclusão esperada até o dia 12. A proposta daqueles que defendem que ele vá ao tribunal não é acompanhar as duas semanas de sessões, mas ao menos estar no primeiro e no último dia. Com informações dos portais Estadão e Folha de São Paulo.

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