Ícone do site Jornal O Sul

Surto de casos de covid tem preocupado os servidores do Congresso às vésperas da abertura do ano legislativo nesta quarta

Casos de covid entre servidores da Câmara saltaram de 22 para 205 em menos de um mês. (Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)

O surto de casos de covid-19 por causa da proliferação da variante Ômicron no País tem preocupado os servidores do Congresso Nacional às vésperas da abertura do ano legislativo na próxima quarta-feira (2). Na Câmara, apenas entre 1º e 18 de janeiro, foram reportados 205 casos positivos entre os servidores da Casa, segundo informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação.

O número representa 36,8% do total registrado durante todo o ano de 2021, quando 557 casos foram informados. O registro da primeira quinzena do ano reflete a realidade do avanço da Ômicron no País. O número de infecções é bem superior ao que foi registrado em dezembro do ano passado.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a volta dos trabalhos presenciais para depois do Carnaval, mas no Senado ainda não há uma definição. Servidores que trabalham nos gabinetes dos senadores querem regras para restringir a circulação no local.

Ômicron

O Brasil vem registrando nos últimos dias um aumento significativo dos casos de covid. A média móvel de óbitos por causa do coronavírus ultrapassou as 500 depois de meses em baixa. E a alta de infectados é alarmante.

A crescente na taxa de contaminação é associada à prevalência da variante Ômicron no país. O médico infectologista e membro do Conselho Científico de São Paulo, David Uip, afirmou que “nós temos uma variante extremamente infectante, como eu, pessoalmente, nunca vi. Eu tenho 46 anos de formado e não vi nada parecido”.

Conforme vêm demonstrando os dados, Uip reiterou a importância da vacinação para impedir que a taxa de casos graves, e, consequentemente, de óbitos, seja elevada.

“Quando você tem um vírus muito agressivo em um hospedeiro bem resistente, você tem as formas leves da doença. É o que estamos vendo na grande maioria dos casos: são casos com pouco sintomas ou sintomas conhecidos”, explicou.

Não há dúvida de que a maior gravidade se instala no paciente não vacinado ou no paciente parcialmente vacinado.

O médico ainda afirmou que é esperado que a população precise receber doses da vacina de maneira recorrente, como ocorre com o imunizante contra a gripe, embora ainda não se saiba a regularidade com que as campanhas terão de ser feitas.

Em relação à retomada do ensino presencial, anunciada por pelo menos 20 Estados e o Distrito Federal, o médico David Uip afirmou ser favorável. Segundo ele “as escolas estão bem protocoladas”.

Sair da versão mobile