Ícone do site Jornal O Sul

Suspeita de sarampo causa busca por frequentadores de show em Florianópolis e passageiros de ônibus

Com atividades interrompidas, produtores medem prejuízo enquanto informais já recebem doações de cestas básicas. (Foto: Reprodução/Instagram)

A Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) pede para que as pessoas que conferiram o show do cantor Armandinho, em Florianópolis (SC), realizado no dia 29 de dezembro, e passageiros que viajaram no mesmo dia de Curitiba (PR) para a capital de Santa Catarina no ônibus da Viação Catarinense, verifiquem a situação vacinal em relação ao sarampo. Em caso de dúvida, entrem em contato com o órgão pelos telefones (48) 3212-3910 ou (48) 3212-3907. O motivo é que há um paciente que esteve no local e utilizou o serviço de transporte com suspeita de sarampo. Cerca de 2 mil pessoas participaram do evento, segundo a organização. As informações são do portal de notícias G1.

A Prefeitura de Florianópolis divulgou a nota sobre o caso no sábado (4). De acordo com nota divulgada pela Dive, a pessoa teve a suspeita de sarampo identificada na sexta-feira (3) e teria viajado para a capital em um ônibus da empresa que saiu de Curitiba, no Paraná, às 1h45 de domingo (29). Apesar de não apresentar sintomas, ela já estaria transmitindo o vírus e pode ter passado para outras pessoas.

A assessoria do cantor Armandinho afirmou que não recebeu o alerta da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis. O responsável jurídico pela casa de eventos OSCI Stage, disse que “nenhum participante do evento fez contato informando qualquer dos sintomas de sarampo ou outra doença”.

Ainda segundo o órgão, o procedimento padrão para esse tipo de caso é realizar o levantamento de pessoas que estiveram em contato com a pessoa infectada, para que as medidas para impedir a transmissão do sarampo sejam tomadas. A ação é necessária para evitar o adoecimento das pessoas e disseminação da doença.

A doença

O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus e transmitido da mesma forma que o vírus da gripe, passando de pessoa para pessoa por meio de contato direto e pelo ar. Esse vírus pode ficar no ar ou em superfícies por horas.

Segundo a Organização Pan Americana de Saúde (Opas), os sintomas mais comuns são tosse persistente, febre, corrimento no nariz, irritação nos olhos e mal-estar extremo. Logo depois do surgimento desses sintomas iniciais, também costumam aparecer manchas avermelhadas na pele do rosto, que progridem para as pernas, e manchas brancas dentro da bochecha. Também podem ocorrer febre, conjuntivite, convulsões e perda do apetite.

Embora a doença não tenha um tratamento específico – como antivirais que combatam especificamente vírus do sarampo – o acompanhamento médico, a ingestão de líquidos e o controle da febre são importantes para evitar complicações.

O Brasil registrou 15.914 casos confirmados de sarampo no ano de 2019, conforme os dados mais atualizados do Ministério da Saúde. Eles se referem aos casos notificados até dezembro.

Vacinação

A vacina é a única forma de se prevenir contra o sarampo, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina. A recomendação é que a população que não tenha se imunizado, não se lembre se tomou a vacina ou tenha perdido a caderneta de vacinação procure um posto de saúde para regularizar a situação.

 

Sair da versão mobile