Taís Araujo, de 42 anos de idade, foi a entrevistada, na noite de segunda-feira (08), Dia Internacional da Mulher, no programa Roda Viva. Na conversa, ela relembrou seus modelos negros, ainda em menor quantidade, no início de sua carreira.
Negritude
“Minhas referências eram Zezé Motta, de 76 anos, e Ruth de Souza, mas eram de gerações diferentes, que podiam ser minhas mães, minhas avós”, explicou ela, que também falou da infância na Barra da Tijuca, quando estudou em uma escola de classe alta no Rio de Janeiro.
“Eu podia contar nos dedos de uma mão os alunos negros da escola na Barra da Tijuca, com pessoas que tinham muito mais dinheiro do que meus pais”, explicou Taís, que orgulha-se de seu passado no Méier, no subúrbio carioca. “Posso frequentar qualquer lugar e saber de onde eu vim.”
Pandemia
No papo, Taís ainda falou sobre a rotina na pandemia do novo coronavírus. “Meus filhos não têm mais babá. Temos funcionários que nos ajudam, mas meus filhos não têm mais babá”, explicou ela, que é mãe de João Vicente, 9, e Maria Antônia, 6, ambos com o ator Lázaro Ramos, 42.
Ela contou, ainda, que o casamento sofreu com o isolamento social. “Nossa relação melhorou depois de piorar muito. Eu até pensei em mudar com meus filhos pra um apartamento de dois quartos, porque a gente morava em uma casa ampla antes e conseguir ter esses momentos… Quando a gente entendeu que as 24 horas estavam muito pesadas. ‘Eu preciso ficar 2 horas no quarto. Você fica com as crianças?’ e eu ia, e depois ele ia. Acho que o saldo de tudo é que a gente ainda está vivendo esse pesadelo [da pandemia]. A gente se sacramentou neste período difícil que a gente está vivendo”, contou a atriz. “Quem não fica de saco cheio do marido de vez em quando?! E ele de mim! Então, a gente se testa o tempo inteiro.”