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Tatá Werneck conta como foi criticada ao expor problemas da gestação

(Foto: Reprodução/ Instagram @tatawerneck)

Esta, provavelmente, será a primeira entrevista séria de Tatá Werneck. Grávida de seis meses de uma menina, a atriz soltou o verbo sobre as dificuldades de sua gestação durante quarenta minutos de conversa pelo telefone, em que chorou emocionada duas vezes (“virei essa pessoa”), e pediu licença para alcançar um dos quatro baldes mantidos em volta de sua cama para os momentos de enjoo – chegou a passar mal 40 vezes em um dia.

O assunto também acabou contaminando parte da nova temporada de “Lady Night” (“o programa também engravidou”), que estreia segunda-feira (15), no Multishow. Uma crise de choro de Taís Araújo ao lembrar a volta ao trabalho pós-licença maternidade e a serenata de Lulu Santos para a mãe de Tatá, que a amamentava ao som de “Como uma onda”, são algumas das situações em torno do tema. Há também passagens menos glamourosas, como as ânsias de vômito da apresentadora.

“Eu gravava com um balde embaixo da mesa. Na entrevista com Fátima Bernardes, enjoei tanto que peguei o balde e saí”, contou ela que, por ter que ficar de repouso, montou ilha de edição em casa e tem virado a madrugada burilando seu programa. “Não queria mascarar o que estava sentindo. Muitas mulheres não podem dizer isso no trabalho, as pessoas acham que é frescura”.

Quem já engravidou também sabe que desejo não é puro capricho, e o de Tatá já foi comer 20 milhos cozidos de uma vez. Agora, ela anda em uma fase jiló. O nome da filha, a quem ela e o pai da neném, Rafael Vitti, apelidaram carinhosamente de Mana e Maninha, ainda não foi escolhido (“Rafa queria Cora, eu pensei em Maria, Maria Teresa, ou Manoa…”). O quarto, eles só vão planejar depois que o programa “nascer”. “Mas do jeito que eu sou desesperada, vou ficar dormindo no quarto dela”.

Quais são os destaques da nova temporada do “Lady Night”?

“Acho que a temporada também ficou grávida como eu, as pessoas se abriram muito. Eu e Taís [Araújo] tivemos uma crise de choro falando de maternidade. Teve um momento lindo com o Lulu [Santos]. Minha mãe me amamentava ao som de “Como uma onda”, e Lulu fez uma serenata pra gente: cantou essa música enquanto nós duas ouvíamos, abraçadas. Essa temporada tem outro ritmo”.

Continua passando muito mal? Como fez para gravar 11 programas?

“Foi muito mais difícil do que eu imaginava. Tive muitas complicações, cancelei programas, passei mal demais. Gravei a temporada toda com um balde debaixo da mesa porque não queria parar. Na entrevista com a Fátima Bernades, tive ânsias, e uma hora peguei meu balde e saí. Quis lidar com o que estava sentindo de verdade, mas também de maneira bem-humorada”.

Fez questão de mostrar a vida como ela é…

“Eu não queria disfarçar nem mascarar nada. Muito menos que parecesse que foi fácil, não foi. Queria mostrar que estou esquisita mesmo. Tive uma posição privilegiada, podia dizer ‘Estou passando mal’ e parar. Há mulheres que passam por isso no trabalho e não têm coragem de falar… Porque acham que é frescura ou não entendem mesmo o tamanho da mudança. Eu mesma não entendia, só fui entender quando aconteceu comigo”.

O que dessas mudanças aparecem no programa?

“Minha memória esquista, eu esqueço a ordem das palavras, a concordância, direto. Minha médica diz que isso volta. A gente conversou muito sobre maternidade [além de Taís Araújo, mãe de dois filhos, Isis Valverde, que acabou de ter Rael, além de Laura Neiva e Chay Suede, que estão grávidos, são alguns dos convidados da nova temporada]. As pessoas guardam muito em relação às suas gestações. A Taís teve uma crise de choro enorme quando perguntei sobre como é voltar a trabalhar depois do bebê. Chorei junto com ela ( e chora novamente no telefone: “Desculpe, nunca fui essa pessoa que chora por tudo”, diz ). Fiquei sabendo de muitas coisas sobre que não sabia, como prisão de ventre, por exemplo. Isis me falou também que essa burrice toda é água no cérebro. Eu perguntei: “Mas isso não é grave?”

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