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Taxa de desemprego sobe para 8,7% no trimestre, a maior desde 2012

População desocupada cresceu quase 30% em relação ao ano anterior no País. (Foto: Fernando Donasci/Folha Imagem)

A taxa de desemprego ficou em 8,7% nos três meses até agosto, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a maior taxa da série, iniciada em 2012. No trimestre anterior, de março a maio, o índice havia atingido 8,1%. Os números fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

A população desocupada cresceu 7,9% em relação ao trimestre de março a maio e chegou a 8,8 milhões de pessoas. Já em relação ao mesmo trimestre de 2014, o aumento foi maior, de 29,6%.

Por outro lado, a população ocupada somou 92,1 milhões de pessoas e ficou estável tanto na comparação com o trimestre anterior quanto ao mesmo trimestre do ano passado. O número de empregados com carteira assinada caiu 1,2% sobre o período de março a maio e 3% diante do período de junho a agosto de 2014.

“Está havendo uma procura maior por trabalho. A taxa de participação no mercado está maior. O mercado não absorve essa população [que estava fora da força de trabalho]. A população ocupada está estável, não está entrando gente, aí essa população tende a pressionar o mercado”, explicou Cimar Azeredo, coordenador de rendimento e trabalho do IBGE.

Por sua vez, a ocupação na indústria geral recuou 1,7%, ou seja, 223 mil pessoas a menos em relação ao trimestre de março a maio deste ano. O recuo foi maior se compararmos os dados com o trimestre de junho a agosto do ano passado, com o setor industrial mostrando baixas de 3,5% e o de construção, de 2,9%.

De acordo Azeredo, a queda do emprego com carteira assinada e o crescimento do emprego por conta própria são os maiores já observados na série.

Rendimento

O rendimento médio real dos trabalhadores chegou a 1.882 reais no trimestre, indicando uma queda de 1,1% em relação ao trimestre de março a maio. Frente ao mesmo trimestre de 2014, não houve variação.

Os trabalhadores domésticos foram os que mais sofreram redução em seus rendimentos, 2,7%, seguidos pelos empregados no setor privado com carteira de trabalho, 1,8%. (AG)

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