O aplicativo de mensagens Telegram agora tem uma ferramenta de chamada de vídeo parecida com o Zoom. A novidade era esperada desde abril do ano passado.
As ligações serão limitadas a grupos de até 30 pessoas – o Telegram afirma que espera aumentar esse limite “em breve”. Também será possível compartilhar a tela com os contatos.
As chamadas podem ser feitas tanto pelo celular quanto pelo computador. Para usar, basta clicar no ícone de vídeo que aparece na parte inferior da tela durante chamadas de voz.
Além das videochamadas em grupo, o Telegram anunciou novos recursos como diminuição de ruído em ligações e planos de fundo animados.
500 milhões de usuários
O Telegram afirmou em janeiro que atingiu o número de 500 milhões de usuários ativos. A informação foi compartilhada pelo fundador do aplicativo de mensagens, Pavel Durov, em seu canal na plataforma.
“Na primeira semana de janeiro o Telegram superou os 500 milhões de usuários ativos mensais. Depois disso ele continuou crescendo: 25 milhões de novos usuários entraram no Telegram somente nas últimas 72 horas. Estes novos usuários vieram de todos os lugares do mundo – 38% da Ásia, 27% da Europa, 21% da América Latina e 8% da MENA [Oriente Médio e Norte da África]”, publicou o programador russo.
Durov seguiu explicando que o aumento é significativo, principalmente se comparado a 2020, quando foram registrados 1,5 milhões de novos usuários diariamente. “Já tivemos outros aumentos de downloads durante nossos sete anos protegendo a privacidade dos usuários. Mas dessa vez é diferente”, disse.
“As pessoas não querem mais trocar sua privacidade por serviços gratuitos. Não querem mais ficar reféns de monopólios tecnológicos que parecem pensar que podem se safar de qualquer situação desde que seus aplicativos tenham uma grande quantidade de usuários”, ponderou o criador do Telegram. Para ele, o aplicativo se tornou um “refúgio” para quem deseja uma plataforma dedicada à privacidade e à segurança.
Rumores sobre monetização
Recentemente, Pavel Durov também se pronunciou sobre rumores de que a plataforma iria passar a exibir propagandas como forma de monetização. Em resposta a um usuário, o programador disse que o Telegram não deseja lucrar com dados privados.
“Se introduzirmos anúncios, eles serão mostrados apenas nos grandes canais de ‘um para muitos’, que são caros de manter devido aos custos com servidores e tráfego e nunca direcionados com base em dados privados (como no Facebook). Ou seja, nada de coletar dados pessoais, criar perfis dos usuários, etc. E se você não usa um de nossos canais de um para muitos (que não existem em nenhum outro app de mensagens) você não verá um único anúncio sequer”, afirmou.