Ícone do site Jornal O Sul

Telescópio Hubble registra imagens da família de estrelas mais antigas da Via Láctea

Imagem do aglomerado estelar NGC 4833 feita pelo Hubble. (Crédito: Reprodução)

O observatório orbital Hubble recebeu imagens do aglomerado estelar NGC 4833, na constelação de Musca, na qual estão as estrelas mais antigas da nossa galáxia, informou o site do telescópio espacial.

O aglomerado estelar NGC 4833 foi descoberto em meados do século 18 pelo astrônomo francês Nicolas-Louis de La Caille durante uma de suas viagens ao hemisfério sul do planeta.

O NGC 4833 está situado na periferia da nossa galáxia, à distância de 20 mil anos-luz da Terra e dificilmente pode ser visto devido a nuvens de pó e gás inacessíveis para a maioria de telescópios terrestres.

Segundo as recentes observações do Hubble e de outros telescópios espaciais, esta família estelar representa o grupo mais antigo de estrelas na Via Láctea. A idade média dos aglomerados estelares às vezes excede os 5 ou 6 bilhões de anos. Além disso, o NGC 4833 é 2 bilhões de anos mais antigo se comparado com outras famílias estelares deste tipo.

É por essa razão que o estudo do NGC 4833, com uso de instrumentos do Hubble e outros telescópios, é de enorme interesse para os pesquisadores. Através da composição química e isotópica de suas estrelas é possível definir a aparência e a estrutura da galáxia no início do aparecimento do Universo, bem como acompanhar o desenvolvimento da Via Láctea nas primeiras etapas da sua existência.

A galáxia mais distante já vista pelo homem.

Foi também graças ao velho Hubble, em funcionamento há 26 anos, que os astrônomos descobriram o que pode ser o corpo celeste mais distante já visto pelo homem.

Em artigo publicado no Astrophysical Journal, cientistas da Universidade da Califórnia relataram a observação de uma galáxia pequena, mas brilhante, na extremidade mesma do Universo, à qual batizaram de GN-z11.

Cientistas calcularam que a luz emitida pelas estrelas da galáxia teve que viajar durante 13,4 bilhões de anos antes de chegar ao telescópio – o que significa que já existia quando o Universo tinha apenas 400 milhões de anos.

Sair da versão mobile