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Tem um país tão rico que possui até hospital para tratamento de aves

Falcão aguarda atendimento em hospital especializado de Doha. (Foto: Reprodução)

A caça com falcões é um esporte popular no golfo Pérsico e Doha, a capital de um dos países da região, o Catar, tem um hospital especializado no tratamento dessas aves. Na entrada do hospital, a reportagem já é recebida por um falcão encapuzado. O pássaro, considerado um dos predadores dos ares, está empoleirada tranquilamente em frente a uma grande tela de televisão que exibe imagens em raio-X.

Um espectador mal-informado pode até confundi-las com as de um frango mirrado de supermercado, pois o peito não tem muita carne. Os funcionários, vestindo uniformes azuis elegantes, se movem rapidamente pelo local, consultando tabelas e comparando anotações sobre pacientes.

Entrada do Hospital de Falcões Souq Waqif. (Foto: Reprodução)

Para qualquer lugar que se olhe dentro desse prédio impecável e com ar-condicionado, é possível flagrar equipamentos ultramodernos. Veem-se também alguns predadores voadores que precisam de atendimento médico. Este é o Hospital de Falcões Souq Waqif em Doha. A instituição, com 30 veterinários e funcionários vindos de todo o mundo muçulmano, do Paquistão ao Irã, atende às necessidades de falcões e de seus donos ricos, praticantes apaixonados por este antigo esporte de reis.

A falcoaria é muito importante no golfo Pérsico. Dono de uma invejável reserva de gás natural, o Catar vem emergindo como um país cada vez mais endinheirado. Por essa razão, não surpreende exatamente o fato de as instalações do hospital serem tão luxuosas. “Falcões são aves muito corajosas e atacam qualquer coisa, então, às vezes, eles chegam aqui feridos”, disse Mohammed, o engenheiro médico que nos guia pelo hospital.

Se o falcão perdeu uma ou duas penas em uma briga com outra ave ou animal, não é problema. O hospital tem um ótimo banco de penas. E uma asa quebrada? Basta levar a ave para a cirurgia ortopédica. Problemas digestivos? Para isto há exames de sangue e de fezes. E, se nada disso curar o animal, exames farmacêuticos e toxicológicos podem resolver o problema. (AG)

 

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