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Temendo ser preso, ex-presidente da Fifa recusa convite para a festa de 100 anos de Havelange no Brasil

Blatter explicou que seus advogados o recomendaram que não deixasse a Suíça enquanto sua situação legal não estivesse resolvida. (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

O ex-presidente da Fifa (entidade máxima do futebol mundial) Joseph Blatter não vai ao aniversário de 100 anos de seu mentor e também ex-mandatário da federação, o brasileiro João Havelange, que completa um século de vida no domingo.

A jornalistas estrangeiros, Blatter explicou que seus advogados o recomendaram que não deixasse a Suíça enquanto sua situação legal não estivesse resolvida. O risco era de que, ao deixar o país, ele pudesse ser extraditado aos Estados Unidos.

O suíço de 80 anos foi suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa por oito anos (depois teve sua pena reduzida para seis) de qualquer atividade relacionada a esporte por suspeitas de irregularidades em sua condução na entidade. “Meus advogados disseram: ‘por favor, enquanto houver algo contra você, fique na Suíça. A Suíça nunca vai te entregar’”, explicou.

Desde que os escândalos da Fifa estouraram, em maio do ano passado, Blatter deixou o país em apenas para uma visita ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Blatter ficou 17 anos no comando da Fifa (de 1998 a 2015) e sua vida não teria sido a mesma sem a ajuda do cartola brasileiro. Havelange, que ficou no comando da entidade máxima do futebol por 24 anos (entre 1974 e 1998), apadrinhou o suíço nos primeiros anos de mandato e o introduziu na entidade.

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