O presidente Michel Temer assinou, na manhã desta quarta-feira (20), em Nova York (EUA), o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares. Adotado em julho deste ano, o tratado é o primeiro instrumento multilateral vinculativo negociado em 20 anos para o desarmamento nuclear.
“Assinamos o tratado que proíbe armas nucleares. Essa é uma importante contribuição para as aspirações comuns de um mundo mais seguro e pacífico”, disse Temer. O instrumento – aprovado por 122 votos a favor e um contra (Holanda), com uma abstenção (Cingapura) – proíbe uma ampla gama de atividades relacionadas a armamentos nucleares, tais como desenvolver, testar, produzir, manufaturar, adquirir, possuir ou estocar armas ou outros utensílios nucleares explosivos, assim como o uso ou a ameaça de uso dessas armas.
No entanto, muitos países ficaram de fora das negociações, incluindo Estados Unidos, Rússia e outras potências nucleares, assim como muitos de seus aliados. A Coreia do Norte também não se uniu às negociações.
Ao discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), na terça-feira (20), Temer falou sobre a importância do tratado e afirmou que o momento da assinatura é “histórico”. “Eu terei a honra de assinar o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares. O Brasil esteve entre os artífices do tratado.”
O presidente também criticou os recentes testes nucleares da Coreia do Norte e defendeu o desarmamento nuclear e a pacificação entre os países. Ele disse que “é urgente definir encaminhamento pacífico para situação cujas consequências são imponderáveis”.
Encontro
Na manhã desta quarta-feira, o Palácio do Planalto informou que o encontro que o presidente Michel Temer teria com o colega iraniano Hassan Rohani foi cancelado. O motivo alegado pela missão do Irã foram mudanças de última hora na agenda de Rohani. Temer se reuniu com o presidente da Guiana, David Granger.