Michel Temer voltou a dizer que não renunciará à Presidência da República, em meio ao escândalo desatado após a divulgação das delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, sobre um multimilionário esquema de corrupção envolvendo o presidente e vários outros políticos.
Em pronunciamento a jornalistas, Temer disse que está entrando com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para que o inquérito aberto contra ele seja suspenso até que seja verificada a autenticidade da gravação feita por Joesley de uma conversa entre os dois no Palácio do Jaburu.
O presidente se usou de uma perícia contratada pelo jornal Folha de S. Paulo, que concluiu que o áudio da gravação teria passado por mais de 50 edições.
“Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos. Incluída no inquérito sem a devida averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil”, disse Temer.
O peemedebista se defendeu atacando Joesley, a quem classificou como “falastrão” e “fanfarrão”. “Ele cometeu o crime perfeito. Enganou os brasileiros e agora mora nos Estados Unidos”, afirmou. Ele disse que não acreditou quando o empresário disse que tinha subornado juízes e um procurador, acrescentando que estava apenas “ouvindo as reclamações” de Joesley.
Presidente disse que a gravação é clandestina e foi manipulada e adulterada. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
