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Michel Temer diz que respeitará “qualquer que seja a decisão” da Câmara dos Deputados sobre a denúncia contra ele

O presidente e o ministro da Agricultura participaram da divulgação do Plano Safra 2017-2018 do Banco do Brasil. (Foto: Divulgação)

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (11) que vai respeitar “qualquer que seja a decisão” da Câmara dos Deputados sobre a denúncia de corrupção passiva contra ele. O chefe do Executivo deu a declaração durante discurso no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Ele participou do anúncio da linha de crédito do banco para o Plano Safra 2017-2018.

“Reitero sempre que a Câmara, nesta semana, tem uma importantíssima decisão para tomar e eu respeitarei qualquer que seja a decisão”, afirmou o presidente um dia após ter sido apresentado, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o parecer do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) a favor do prosseguimento da denúncia contra Temer.

O chefe do Executivo disse ainda que o momento não é de ter dúvidas ou receios. Segundo ele, “a hora é de respostas rápidas”. “Reitero que o Brasil não pode esperar. É hora de o Brasil avançar. Nós vamos seguir em frente”, afirmou. Temer se dedicou, em grande parte do discurso, a ressaltar medidas tomadas pelo governo que, segundo ele, tiraram a economia da recessão e modernizaram o País.

O presidente citou propostas já aprovadas, como o teto para os gastos públicos e a reforma do ensino médio. Ele também falou de reformas defendidas pelo governo que ainda precisam de aprovação do Congresso Nacional, como a trabalhista. Enquanto defendia as ações da sua gestão, Temer refutou uma tese que ele diz estar ouvindo em alguns lugares: a de que, se a economia vai bem, não precisa de governo.

“De vez em quando eu vejo: ‘Ah, se a economia vai bem, não precisa de governo’. Precisa, sim. Porque foi esse governo que colocou a economia nos trilhos. Esse governo está colocando o trem nos trilhos para que quem chegar em 2019 possa apanhar a locomotiva com os trilhos no lugar”, afirmou o presidente.

Temer concluiu o discurso usando uma analogia com a agricultura, já que o evento era de anúncio de crédito rural do Banco do Brasil. Ele disse que o governo plantou muito nos últimos meses e a colheita será “farta” para os brasileiros. “Nós vamos seguir em frente porque o meu governo tem plantado muito para mudar o rumo do País. Tenho certeza de que a colheira será farta para todos os brasileiros”, disse.

Banco do Brasil

No evento, o Banco do Brasil anunciou que irá disponibilizar R$ 103 bilhões em financiamentos para a atividade rural, dos quais R$ 91,5 bilhões serão destinados a produtores e cooperativas. Segundo o presidente da instituição financeira, Paulo Caffarelli, o montante disponibilizado para a nova safra é 30% maior do que na anterior e serão reduzidos em um ponto percentual os juros para as linhas de custeio, investimento e comercialização.

Em discurso, o ministro Blairo Maggi (Agricultura) destacou o aumento da produção agrícola no País e ressaltou que não se conquista mercados estrangeiros com “beijos” e “abraços”. (AG)

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