Ícone do site Jornal O Sul

Temor de colapso do mercado chinês leva dólar ao maior valor em 3 meses

O movimento reflete a queda de mais de 30% do mercado acionário chinês desde o pico de junho. (Foto: Sam Yeh/AFP)

Depois de ter subido mais de 1% na véspera, o dólar voltou a ter forte valorização sobre o real nesta quarta-feira (8). O movimento reflete a queda de mais de 30% do mercado acionário chinês desde o pico de junho, o que reforçou dúvidas sobre o rumo da segunda maior economia do mundo e o principal destino das exportações brasileiras.

Às 11h40min (horário de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha alta de 1,35% sobre o real, cotado em 3,232 reais na venda –por ora, este é o maior valor desde 30 de março, quando a moeda americana valia 3,246 reais. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançava 1,53%, a 3,233 reais.

Após atingirem a maior alta em sete anos há cerca de um mês, as ações chinesas têm sofrido uma estrondosa queda, gerada por restrições ao empréstimo de dinheiro para a compra de ações. As ações já perderam 3 trilhões de dólares em valor.

Pequim, que vem lutando há mais de uma semana para dobrar o mercado, lançou mais uma saraivada de medidas para interromper a venda generalizada, e o banco central disse que aumentará o suporte para corretoras listadas para sustentar as ações.

O preço do minério, segundo mais importante produto da pauta de exportação brasileira, despencou 11% nesta quarta-feira, para uma mínima desde 2009. Entre janeiro e junho, a receita do Brasil, com as exportações de minério de ferro para a China, desabou 49%. Isso afeta os termos de troca e acaba exercendo pressão por mais desvalorização cambial.

Além da China, também segue no radar dos investidores a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central americano). A expectativa é que o documento sinalize, mais claramente, quando os juros vão começar a subir nos Estados Unidos.

Preocupações

Já a preocupação do lado político brasileiro interfere no ajuste fiscal do governo. O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), informou na terça-feira (7) que parlamentares devem votar nesta sessão a MP (Medida Provisória) 672/2015.

A MP não só mantém as regras para reajuste do salário-mínimo entre 2016 e 2019 como as estende para a correção dos benefícios da Previdência Social superiores ao mínimo. A mudança no texto original já foi aprovada na Câmara dos Deputados. (Folhapress)

 

Sair da versão mobile