“É muito importante que se promovam encontros como este, com lideranças empresariais como vejo aqui, trocando informação e sinergia com o Governo para desenvolver o nosso Rio Grande”. Com estas palavras, o governador Eduardo Leite encerrou o Fórum Desenvolvimento Econômico – Oportunidades e Financiamentos, cumprimentando a Rede Pampa pela iniciativa. Com transparência, ele apontou que “o atraso ao nosso desenvolvimento está no peso do passado. Fomos displicentes com a coisa pública porque tínhamos dinheiro”. Ele cita o exemplo do Sistema Previdenciário, cuja lógica hoje está invertida, com mais aposentados do que recursos. “São 50 mil professores aposentados, 32 mil policiais militares e assim em tantas outras áreas”. O governador reiterou que quem paga estas aposentadorias é a sociedade, pois o déficit somente neste item é de 12 bilhões de reais que representam metade da receita do ICMS. “Cada vez se cobra mais impostos da sociedade e menos se oferece”.
Segundo ele, se nada for feito, as contribuições serão elevadas. “De tanta chamada extra, o Rio Grande do Sul empurrou o desenvolvimento para fora. Entramos nos problemas do passado, mas também somos a continuidade de soluções que foram feitas lá atrás”. Ele citou o fim das fundações, a reforma da máquina pública “e agora queremos dar um passo adiante na velocidade que o Governo precisa para entregar aos empreendedores o ambiente perfeito”.
A carência do Estado em infraestrutura com demandas em portos, hidrovias, ferrovias e rodovias pode ser solucionada em parceria com o setor privado. Um exemplo de sucesso, como apontou, foi firmado através de uma PPP com a Corsan que vai injetar bilhões em investimentos, através de uma concessão de 30 anos. “O custo estimado para a Corsan fazer as operações que necessita seria de 9 bilhões de reais. Um leilão na Bolsa de Valores de São Paulo gerou um deságio de 37% deste valor, reduzido para 6 bilhões, o que significa um menor custo a ser cobrado da sociedade nas tarifas e ingestão de investimentos na economia”.
Otimista com a negociação, Eduardo Leite salienta que “18 municípios já contataram o Governo para efetivar um termo de anuência e para levar ao Interior outros lotes da nossa Companhia de Saneamento”. Modelo semelhante está sendo buscado no setor de energia e distribuição com a iniciativa privada, “para fornecer energia de qualidade pois isto também é desenvolvimento econômico”.
Eduardo Leite mencionou a recente aprovação do código ambiental, “um compromisso com o Governo, chancelado na Assembleia Legislativa pelos nossos deputados. A eles nossos agradecimentos por terem aprovado o código”, que deverá desburocratizar processos, reduzindo tempo de espera de investidores. “O novo código não é permissivo com o meio ambiente, mas temos que ter clareza de que a pobreza é uma grande inimiga do meio ambiente”.
Para o Governador, o compromisso do Governo é vencer estes obstáculos. “Queremos logística adequada, condição tributária e menos burocracia”. Na educação, ele citou a necessidade de um plano de carreira aos professores. Já na área de segurança pública, ressaltou que houve redução de 24% nos índices de homicídios no último ano e de 35% em roubos a veículos, números que repercutem no desenvolvimento. “O Rio Grande é forte, tem talento, apesar de sermos a quarta economia do País, temos boas universidades, empresas que começaram pequenas e se tornaram grandes e reconhecidas. Temos que olhar para o futuro com confiança porque o RS é muito maior que sua crise. Vamos virar esta página porque queremos vencer e oferecer riqueza, desenvolvimento, através da qualidade do seu povo”, finalizou o Governador, aplaudido pela plateia.