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Terminada a Olimpíada, atletas voltam para suas profissões habituais

Entre competidores de vários países, muitos dividem a dedicação ao esporte com trabalho em profissões como carteiro, maquiadora e sacerdote budista (Foto: Reprodução)

Para muitos atletas olímpicos, conseguir chegar aos Jogos já representa a realização de um objetivo de vida. Um sonho que muitos tiveram de dividir com um emprego convencional durante anos e meses de preparo atlético. São pessoas que agora estão voltando ao batente. Saiba o que alguns atletas fazem para ganhar a vida.

Nascida na Colômbia e criada na Suíça, Nathalie Marchino, 35 anos, trabalha no departamento de marketing do Twitter, na Califórnia (EUA). Ela jogou, no Rio, pela seleção de rúgbi da Colômbia. “Combinar meu trabalho com o rúgbi faz parte da minha realidade há tanto tempo que já aceitei que é isso mesmo”, disse, sobre a extenuante carga horária que divide entre o esporte e o emprego.
Já o japonês Kazuki Yazawa diz que sua principal ocupação é estudar o budismo, e que usa o tempo livre para praticar canoagem.

Quando não está remando contra forte correntes e redemoinhos, Yazawa se dedica a uma ocupação bem menos agitada: se prepara para ser sacerdote budista. “Decidi que este seria meu trabalho pricipal e que minha vida como canoísta seria no meu tempo livre”, disse ele, antes de viajar ao Rio.

Mãos prodigiosas.
Michelle Carter mantém um estúdio de maquiagem profissional nos Estados Unidos, ao qual dedica seu tempo quando não está lançando a bola de metal de 4 quilos característica do arremesso de peso. As mãos de Michelle são poderosas. Ela ganhou a medalha de ouro no Rio graças a um lançamento de 20,63 metros de distância, mais de 20 centímetros acima da marca de sua rival mais próxima.

Uma das atletas mais bem-sucedidas no Rio, Maya Dirado foi ouro nos 200 metros costas, ouro no revezamento 4 por 200 metros livre, prata nos 400 metros medley individual e bronze nos 200 metros medley individual. Mas a nadadora é também um analista de negócios formada pela Universidade de Stanford. Trabalha em uma empresa de consultoria Califórnia, para onde volta em setembro.

A também norte-americana Gwen Jorgensen ganhou o ouro no triatlo feminino nos Jogos do Rio. Desde 2010, contudo, ela trabalha como contadora em uma empresa da cidade de Milwaukee, nos EUA. Por sua vez, Gerek Meinhardt, bronze com equipe de esgrima norte-americana na Olimpíada, atua como analista de risco de uma empresa de consultoria em São Francisco.

Ele se formou com louvor pela Universidade de Notre Dame, onde fez um mestrado em administração. Em 2014 foi o número 1 do mundo na esgrima.

Outro caso de atletas com trabalhos convencionais é o de Matthew Abood, nadador australiano que no Rio ganhou a medalha de bronze no revezamento 4 por 100 metros livre. Ele divide o tempo treinando nas piscinas e trabalhando como analista de negócios no banco do Commonwealth na Austrália.

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