Homens armados realizaram dois ataques terroristas simultâneos no Irã, na manhã desta quarta-feira (07). Os atentados ocorreram no Parlamento iraniano, em Teerã, e no mausoléu do Aiatolá Khomeini. Pelo menos 12 pessoas morreram e 42 ficaram feridas nas ações. O Estado Islâmico reivindicou os ataques.
Cerca de quatro homens armados com rifles Kalashnikov invadiram o Parlamento por volta das 10h no horário local (3h em Brasília), quando era realizada uma sessão. Os terroristas foram mortos pela polícia.
Já no mausoléu do Aiatolá Khomeini, a cerca de 25 quilômetros ao sul de Teerã, um atirador disparou contra várias pessoas, segundo informações da rede de televisão Irin e a agência de notícias Fars.
O governo iraniano afirma que conseguiu evitar um terceiro ataque e pediu para que a população não utilize o sistema público de transporte. Essa é a primeira vez o Estado Islâmico, que é um grupo sunita, reivindica um ataque no Irã, que é um país de maioria xiita.
O grupo extremista está em guerra com as forças apoiadas pelo Irã na Síria e no Iraque. As ações acontecem menos de um mês depois da reeleição do presidente moderado Hassan Rouhani.
A escolha dos locais dos ataques é bastante simbólica. O Parlamento do Irã, também chamado de Assembleia Consultiva Islâmica, tem 290 membros, entre eles estão representantes de minorias religiosas, como cristãos e judeus.
Já o ataque ao mausoléu visava o túmulo de Aiatolá Khomeini, fundador da República Fundamentalista Sslâmica. Em 1979, Khomeini voltou ao Irã, após 15 anos de exílio, e liderou a revolução que derrubou o regime pró-ocidente do xá Reza Pahlevi.