Élisabeth de Riquet de Caraman-Chimay, a Condessa Henry Greffulhe, rainha da sociedade francesa na Belle Époque, teria feito um comentário a uma amiga, durante uma festa, e registrado por Marcel Proust – de quem foi musa inspiradora para a personagem Princesa de Guermantes na obra “Em busca do tempo Perdido”, falando sobre sua maturidade. “Saberei que perdi minha beleza quando as pessoas não mais se voltarem na rua para me olhar.”
A interlocutora respondeu: “Fique tranquila, enquanto se vestir dessa maneira, todos continuarão se voltando para olhá-la”. Profética resposta, pois em Paris, se realiza uma exposição das roupas da magnífica condessa, atraindo muitos visitantes ao museu da moda, no Palais Galliera.
Esta mostra acontece exatamente 64 anos depois de sua morte, aos 92 anos. Apresenta trajes, fotos e filmes sobre a excepcional personagem que liderou igualmente no setor das artes, despertando grande interesse.
A fascinante Élisabeth, desde muito jovem, centro das atenções de sua família, além de bela e elegante, era inteligente e sabia usar seu talento acrescendo o charme da cultura. Suas recepções contavam com pintores, intelectuais e músicos, chegando a criar uma sociedade de audições musicais – grande parte das reuniões realizadas nos suntuosos salões de sua residência em Paris. Foi uma das principais apoiadoras dos balés russos levados à capital francesa por Sergio Diaghilev, com o bailarino Vatslav Fomitch Nijinski. Foi retratada inúmeras vezes por fotógrafos e pintores famosos. A escritora Laure Hillerin lançou sua biografia, “La Contesse Greffulhe-l’ombre des Guermantes”, pela editora Flammarion, em 2015. Quem for a Paris poderá visitar a mostra que se encerra dia 20 de março. O endereço para conferir a exposição no Palais Galliera: http://www.palaisgalliera.paris.fr/en/exhibitions/la-mode-retrouvee.