Ícone do site Jornal O Sul

Testemunhas ligadas a José Dirceu ficam em silêncio em depoimento na Justiça Federal

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o sócio minoritário da extinta JD Consultoria Júlio César dos Santos e o “faz-tudo” de José Dirceu, Roberto “Bob” Marques, permaneceram em silêncio, na segunda-feira, durante depoimentos ao juiz federal Sérgio Moro.

Os quatro se recusaram a responder às perguntas do magistrado sobre o esquema de corrupção em que o petista é suspeito de ter recebido 11,8 milhões de reais em propina no escândalo do petrolão. Réu pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Dirceu é acusado pelo Ministério Público de ter embolsado os recursos a partir de serviços fictícios de consultoria, da compra e reforma de imóveis para familiares e da simulação de alugueis de jatinhos. Dirceu prestará depoimento na sexta-feira.

Citado frequentemente

O nome de Dirceu foi frequentemente citado por delatores da Operação Lava-Jato como o destinatário de propina do esquema criminoso. O lobista Julio Camargo, delator da Lava-Jato, voltou a afirmar na sexta-feira que repassou 4 milhões de reais em propina ao ex-ministro da Casa Civil. O dinheiro sujo foi recolhido, segundo Camargo, a mando do ex-gerente de Serviços da Petrobras Renato Duque e pago de forma parcelada: foram 2 milhões de reais entre abril de 2008 e abril de 2009, 1 milhão de reais entre julho e agosto de 2010 e o restante foi pago a partir de uma conta de afretamento de jatinhos que o petista utilizava.

Sair da versão mobile