Casos de transações financeiras consideradas suspeitas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), vinculado ao Ministério da Fazenda, cresceram 35,4% em 2015. Foram 4.304 relatórios que apontaram fortes indícios de crimes nessas operações.
Só de personagens ligados à Operação Lava-Jato e ao caso SwissLeaks – vazamento de dados bancários de clientes do HSBC suíço – foram elaborados 453 documentos, 10,5% do total no ano passado. Os pareceres produzidos são enviados às autoridades competentes, a maioria deles para MPF (Ministério Público Federal) e PF (Polícia Federal).
Um mapeamento feito em 2012 apontou movimentações suspeitas do doleiro Carlos Habbib Chater. O material auxiliou a PF nos primeiros passos da Lava-Jato, deflagrada em 2014. De 2013 para o ano seguinte, as transações com aparentes ilegalidades aumentaram 29,7%.
Os técnicos elaboram os relatórios quando encontram “fundados indícios de crimes”, como diz a lei, e em 99% dos casos descobriram algum crime, sobretudo lavagem de dinheiro. (Folhapress)