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Três americanos influenciam Trump sobre Brasil

Três homens fazem a cabeça de Donald Trump sobre o Brasil e nenhum deles se chama Eduardo Bolsonaro, como preferem acreditar Alexandre de Moraes e Lula (PT). O primeiro, Martin De Luca, advogado de Trump, é o autor da ação que abriu caminho para a Lei Magnitsky contra Moraes. Outro, Jason Miller, conselheiro e braço direito de Trump, não esquece: chegando ao Brasil, em 2021, foi detido e interrogado por três horas na Polícia Federal, a mando de Moraes.

Trauma brasileiro

Miller veio à Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), ainda no governo Bolsonaro. Não esperava a “recepção” em um país livre.

Focado no Brasil

Desde então, Miller monitora o Brasil, vê o Pais como ditadura judicial. Até xingou Moraes de “idiota”, no X, após o gesto obsceno no estádio.

Aviso prévio

Antes da cancelamento do visto e a sanção da Magnitsky, Miller definiu Moraes como “a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”.

American bolsonarista

Steve Bannon, amigo de Trump, é admirador de Bolsonaro e se ligou ao filósofo Olavo de Carvalho. É ativista contra a “ditadura do STF”.

Alcolumbre se joga na alça de mira da Magnitsky

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) tem comportamento afobado, por isso pode custar caro sua decisão de afrontar a vontade majoritária do Senado pelo impeachment de Alexandre de Moraes. Ele não se deu conta de que no meio do caminho tem a Lei Magnitsky. Aquela. Tão logo circularam suas declarações, post da embaixada americana no X advertiu os que apoiarem ou protegerem o sancionado Moraes. Assim, além dos ministros do STF, Alcolumbre também entrou na alça de mira.

Lista aumentou

A expectativa em Brasília é que Alcolumbre fará companhia a Rodrigo Pacheco, antecessor que inventou, entre os sancionados da Magnitsky.

Cargos no horizonte

Amigos de Alcolumbre admitem que ele tentou se credenciar junto a Moraes, que tudo pode, e a Lula (PT), de quem espera mais cargos.

Lista em definição

A lista de novos sancionados deve ser informada a Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, durante reunião para a qual foram convidados.

Apenas truculência

O jurista André Marsiglia afirmou ontem (8) que “é absolutamente inconstitucional” a iniciativa autoritária do presidente da Câmara, Hugo Motta, tentando mostrar que manda, de suspender cinco deputados. A decisão atende a pedido de Lula e a expectativa de ministros do STF.

Maria sem brioche

É ridícula a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de gastar R$1,5 milhão em sala vip no aeroportos de Brasília para que seus ministros escapem do alcance dos pagadores de impostos.

Crescimento rápido

O pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes na plataforma Change.org passou das 1,8 milhão de assinaturas na sexta-feira (8). Até junho eram pouco mais de 1,5 milhão.

Nas trincheiras

O perfil do STF no X (ex-Twitter), rede que foi censurada durante quase toda a eleição 2022, resolveu agora responder a postagem de pessoas para esclarecer que alegações esdrúxulas eram, de fato, falsas.

Dois caminhos

Para Nikolas Ferreira (PL-MG), “Moraes está cavando a própria cova financeira e da família. E quer arrastar o STF junto com ele. Ministros, soltem a mão desse cara logo. Que ele renuncie ou seja impichado”.

Oposição, oposição

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, defendeu a atuação da bancada no Congresso, que obstruiu os trabalhos: “motivo de orgulho”, disse. E ainda pediu: “Anistia já”.

Sem acesso, sem fim

Alexandre de Moraes justificou a decisão de não permitir acesso à íntegra do processo que congelou contas e cartões e Eduardo Tagliaferro, seu ex-assessor que denunciou “abusos”: há “diligências em andamento”.

Sub do sub

Na China, a defesa do Brasil na crise com os EUA sobrou para Wang Yi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista: a China “está disposta” a “compensar incertezas externas”. Ah, bom.

Pensando bem…

…se fosse divórcio, seria litigioso.

PODER SEM PUDOR

Rapazes, cheguei

Deputado estreante no início dos anos 1990, o pernambucano Gustavo Krause era ignorante em matéria de Brasília e por isso teve dificuldade de encontrar o complicado endereço do catarinense Jorge Bornhausen, que oferecia jantar a parlamentares novatos. Ele já encontrou o ambiente animado. Ainda na porta da casa, festeiro, Krause foi logo gritando: “⁠Santa Catarina e Pernambuco, unidos, jamais serão vencidos!” Fez-se súbito silêncio, as pessoas trocaram olhares e o sorriso de Krause foi sumindo enquanto ele descobria que era a festa errada. Saiu de fininho.

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)

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