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Tumor deixa homem com cara de monstro

Pearson fala sobre a linha tênue que separa a brincadeira dos crimes de ódio. (Foto: Reprodução)

As pessoas encaram Adam Pearson onde quer que ele vá. Mas ele se assusta mesmo apenas quando olhares e sussurros se tornam algo mais violento do que isso. Em depoimento para a televisão britânica, ele analisa a questão de crimes de ódio contra pessoas com deficiência no Reino Unido.

“Viver com uma face desfigurada em uma cidade movimentada como Londres [Inglaterra] significa que raramente consigo ser invisível. Até mesmo coisas simples como pegar um metrô podem se tornar uma jornada cheia de pessoas cochichando, olhando, apontando para mim. Eu tenho neurofibromatose tipo 1, uma doença que faz tumores benignos crescerem na extremidade dos nervos – no meu caso, no rosto. Eu entendo por que me encaram. Pessoas desfiguradas são tão pouco representadas em nossa cultura midiática que não me surpreende ver que pessoas não sabem reagir quando nos veem. Mas olhares e cochichos não são um crime de ódio em si, mesmo se eu tiver que sofrer diariamente com preconceito e concepções erradas das pessoas. Apesar de não gostar de ser alvo de olhares toda hora, o que sofro não pode ser rotulado como crime de ódio contra deficientes. Isso é algo mais sério.”

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