A Polícia Civil prendeu em flagrante quatro integrantes de uma quadrilha especializada em aplicar golpes com maquininhas de cartão contra turistas na Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio. A ação foi conduzida por agentes da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) após trabalho de inteligência na região.
Segundo a investigação, os criminosos escolhiam estrangeiros como alvos e ofereciam itens de baixo valor para, na hora do pagamento, registrar cobranças exorbitantes. Um turista romeno chegou a ser empurrado, teve o telefone roubado e viu uma cobrança de R$ 10,3 mil ser passada no cartão por um único cigarro.
O mesmo grupo também tentou extorquir turistas italianos. Na abordagem, os criminosos cercaram duas vítimas e tentaram efetuar compras no cartão referentes à venda de cigarros eletrônicos, no valor de R$ 10 mil cada um.
Os quatro detidos têm histórico criminal: um deles, apontado como responsável por organizar o esquema, acumula 11 anotações policiais por associação criminosa, roubo, furto e estelionato — crimes pelos quais outros dois comparsas também respondem. Os demais têm passagens por associação criminosa, roubo, furto, estelionato, corrupção ativa, receptação e tráfico de drogas.
A quadrilha foi autuada pelos crimes de roubo, tentativa de estelionato, associação criminosa e contrabando, e os presos permanecem à disposição da Justiça.
Golpe da maquininha se espalha pelo país e já causou prejuízo de R$ 4,8 bilhões
O número de estelionatos explodiu no Brasil. Em seis anos, os registros desse tipo de crime aumentaram mais de 400%, segundo dados divulgados nesta semana. Só em 2024, foram mais de dois milhões de casos — uma média de quatro vítimas por minuto.
Entre os golpes mais comuns está o da maquininha, agora com uma nova versão: criminosos que se passam por taxistas para enganar passageiros.
As imagens de câmeras de segurança mostram o padrão: o carro estaciona e o passageiro está distraído ou com pressa para chegar em casa. O veículo parece ser um táxi, mas é conduzido por um criminoso. Ao final da corrida, na hora do pagamento, o suposto taxista diz que a maquininha não aceita PIX e pede o cartão físico, mas sem aproximação. Com informações do portal Extra e G1.
