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Uefa suspende processo contra clubes fundadores da Superliga de Futebol após decisão da justiça de Madri

Comitê Independente de Recursos da Uefa acata determinação que afeta principalmente Barcelona, Real Madrid e Juventus. (Foto: Reprodução)

A Uefa (União das Associações Europeias de Futebol) decidiu por tornar nulo o processo que movia contra Barcelona, Real Madrid e Juventus pela manutenção do plano de criação da Superliga Europeia. A iniciativa natimorta tinha a ambição de criar uma nova competição com os principais clubes do continente, em substituição à Liga dos Campeões. No entanto, a ideia não prosperou depois de fortes críticas de torcedores, equipes menores e forças políticas.

O processo foi suspenso após o Comitê Independente de Recursos da União das Associações Europeias de Futebol  acatar nova decisão do Tribunal Mercantil de Madri que exigia uma definição da entidade até esta segunda-feira (27). No entanto, apesar de diversas derrotas na justiça comum, a Uefa promete seguir sua batalha contra os clubes insurgentes.

“A União das Associações Europeias de Futebol continua confiante e continuará a defender a sua posição em todas as jurisdições relevantes”, diz um trecho do comunicado, que também reitera a postura da entidade de respeitar as leis esportivas e demais legislações comuns aos países europeus.

O magistrado espanhol que julgou o caso também determinou a anulação de quaisquer sanções impostas aos clubes que integraram a Superliga. Originalmente, além de Barcelona, Real Madrid e Juventus, o projeto tinha o aval de Milan, Atlético de Madrid e os seis principais clubes da Inglaterra (Manchester United, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Tottenham), que receberam pena pecuniária de 15 milhões euros (o equivalente a 90 milhões de reais) a serem revertidos no desenvolvimento do futebol em comunidades locais.

Essas equipes também deixariam de receber 5% dos valores acordados com os torneios da União das Associações Europeias de Futebol e teriam de pagar multa de 100 milhões de euros (600 milhões de reais, aproximadamente) caso se envolvessem novamente na criação de uma liga ou competição à parte da Uefa. Apesar das ações tomadas nesta segunda-feira, o caso não está perto de um fim e novos capítulos devem surgir nas próximas semanas.

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