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Últimas famílias abrigadas no Centro Humanitário de Acolhimento Vida são encaminhadas para moradias temporárias

As famílias que ainda estavam no abrigo foram levadas para as moradias temporárias no bairro Sarandi. (Foto: Joel Vargas/Ascom GVG)

A estrutura do Centro Humanitário Vida, localizado em Porto Alegre, começou a ser desmobilizada na última sexta-feira (30). As famílias que ainda estavam no abrigo foram levadas para as moradias temporárias disponibilizadas pelo governo do Estado no bairro Sarandi.

O Centro Vida foi o último a ser encerrado. As atividades nos centros Recomeço e Esperança, ambos em Canoas, já haviam sido finalizadas em dezembro de 2024 e em maio deste ano, respectivamente.

Os abrigos ofereceram cômodos separados para famílias, homens, mulheres e público LGBTQIA+, bem como brinquedoteca, lavanderia, espaços de lazer, quatro refeições diárias e atendimento psicossocial, médico e de empregabilidade. As três estruturas chegaram a acolher 1.184 pessoas, com pico de aproximadamente 800 abrigados simultaneamente.

As transferências dos abrigados do centro de Porto Alegre ocorreram de forma gradual durante o mês de maio e toda a operação foi acompanhada pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), pelo Gabinete de Projetos Especiais, vinculado ao Gabinete do Vice-Governador, pela Prefeitura de Porto Alegre e pela agência da Organização das Nações Unidas para Migrações (OIM).

De acordo com o vice-governador Gabriel Souza, as estruturas foram um marco importante no acolhimento aos mais atingidos pelas cheias e representaram uma mudança de paradigma em relação ao modelo ideal de abrigo.

“Esses centros foram um exemplo de acolhimento qualificado e digno para tantas pessoas que passaram por lá. Tivemos o cuidado desde a montagem, com alas separadas por núcleos familiares, espaços de lazer, atendimento 24 horas e quatro refeições diárias. Se hoje é o fim de um ciclo importante, é também o início de uma nova vida para tantas pessoas. Não podemos devolver o lar de quem perdeu tudo, mas podemos devolver oportunidades e um novo olhar para o futuro”, afirma Gabriel.

Os Centros Humanitários de Acolhimento foram implantados pelo governo do Estado, com apoio da Fecomércio, e geridos pela OIM. Inaugurados em julho de 2024, os centros foram criados como solução emergencial para as famílias afetadas pelas enchentes que atingiram o Estado no ano passado.

No auge da emergência climática, mais de 80 mil pessoas chegarem a ficar abrigadas no Estado. As enchentes deixaram 184 mortos e, até o momento, 26 pessoas seguem desaparecidas no Rio Grande do Sul.

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