A entidade máxima do futebol anunciou nesse sábado que o árbitro italiano Gianluca Rocchi será o árbitro do confronto entre Brasil e México, na próxima segunda-feira, às 11h (de Brasília), em Samara, válido pelas oitavas de final do Mundial.
Gianluca Rocchi será auxiliado por Elenito Di Liberatore e Mauro Tonolini, ambos da Itália. O espanhol Antonio Mateu será o quarto árbitro.
Aos 44 anos, o juiz italiano já apitou duas partidas nesta Copa: Portugal x Espanha e Japão x Senegal. Ele também esteve presente na Rússia no ano passado, quando foi um dos árbitros escolhidos para trabalhar na Copa das Confederações, torneio que serviu de teste ao uso do árbitro de vídeo.
Na última temporada, Gianluca Rocchi esteve presente em duelos importantes da Liga dos Campeões. O árbitro italiano apitou o importante confronto de volta das oitavas de final do torneio, entre Real Madrid e Paris Saint-Germain, além de também estar presente em partidas do Manchester United, Sevilla e Tottenham.
Mas não foi apenas na Liga dos Campeões que o juizão italiano marcou presença. Foi Gianluca Rocchi quem apitou o jogo de volta da semifinal da Liga Europa entre Atlético de Madrid e Arsenal. Além disso, ele também foi o árbitro da Supercopa da Europa, vencida pelo Real Madrid em cima do Manchester United.
VAR
Chefes de arbitragem da entidade celebraram o que descreveram como uma Copa livre de escândalos para árbitros, dizendo que o sistema de revisão de vídeos ajudou a alcançar uma taxa de precisão de 99,3 % nas decisões durante a fase de grupos. “Após 48 jogos, nós não tivemos um único escândalo, e isto é muito importante”, disse o diretor de arbitragem, Massimo Busacca, a repórteres.
A Copa é a primeira a usar o sistema do árbitro de vídeo (VAR), que monitora o jogo em telas de TV e se comunica com árbitro em campo. Os árbitros de vídeo checam decisões que podem possivelmente alterar o resultado de um jogo e, se eles sentirem que o árbitro em campo tomou a decisão errada, sugerem que ele reveja o incidente em um monitor instalado ao lado do campo.
Pierluigi Collina, chefe do comitê de árbitros, disse que 95% das decisões tomadas inicialmente por árbitros foram corretas, e que isto foi elevado para 99,3% graças à intervenção do VAR.
“Nós preferiríamos falar de 100%, mas 99,3% é algo que é muito, muito próximo da perfeição”, disse Collina, acrescentando que: “VAR não significa perfeição, ainda pode haver alguma interpretação errada ou engano”. Ele disse que 335 decisões foram checadas nas 48 partidas da fase de grupos e que houve 17 revisões do VAR – 14 em campo e três por assistentes do VAR.
No entanto, o italiano, que já apitou em Copa do Mundo, preferiu não comentar sobre decisões individuais, como a falha em marcar para a Sérvia um pênalti contra a Suíça quando Aleksandar Mitrovic aparentou ter sido segurado por um defensor.
“É interessante que vocês estão interessados no 0,7 % (de decisões erradas), e não no 99,3 %”, disse em resposta a uma pergunta. “Eu acho que 99,3 % (de precisão) é um número aceitável após estas 48 partidas.” Ele disse que o tempo médio levado para uma decisão do VAR é de 80 segundos.
“O VAR prefere gastar cinco ou 10 segundos a mais para estar muito, muito correto”, disse. “Precisão é muito importante, mesmo se custar 10 segundos, a coisa importante é alcançar o resultado correto.”
Foram mostrados na entrevista à imprensa diversos incidentes nos quais o VAR foi usado e repórteres puderam escutar as conversas entre o árbitro de vídeo e os árbitros de campo. Entre os incidentes estava o primeiro gol da Coreia do Sul na vitória por 2 x 0 sobre a Alemanha, que resultou na eliminação da atual campeã mundial.
O gol foi inicialmente anulado por impedimento, mas foi validado após uma revisão do VAR mostrar que a bola bateu em um jogador alemão antes de Kim Young-gwon marcar. Collina disse que o gol poderia ter sido validado sem uma revisão na beira do campo, mas acrescentou: “Foi uma boa ideia fazer uma revisão em campo para mostrar que o incidente havia sido checado por todos”.