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Um cão farejador “se aposentou” após quatro anos de atividade na Polícia Federal

"Tomi" foi decisivo em ações contra o tráfico de drogas e outros crimes. (Foto: Divulgação/PF)

A serviço da PF (Polícia Federal) no Mato Grosso desde 2016, o cão farejador “Tami” foi aposentado pela corporação, aos 9 anos. Trata-se de um pastor-alemão cuja capacidade de localizar drogas e outros produtos foi decisiva em diversas operações realizadas em cidades como Rondonópolis, a 218 quilômetros da capital Cuiabá.

Em sua “despedida”, o animal – que contava com a “colega” canina “Maya”, ainda na ativa – foi utilizado em vistorias na rodovia federal BR-364, auxiliando na apreensão de quase 15 quilos de entorpecentes. Também era presença frequente em nas palestras, inclusive em escolas, fazendo imenso sucesso com a gurizada.

“Tomi é um cachorro muito especial, dócil, inteligente e com uma técnica bastante apurada”, elogiou o agente Guilherme Serrano, emocionado, em entrevista à imprensa. “O seu faro nos ajudou no trabalho de repressão ao tráfico, agilizando os processos de busca com uma confiabilidade enorme.”

O policial contou que, nesses quatro anos de trabalho, o pastor-alemão ajudou na apreensão de mais de quase 5 toneladas de drogas. Tais ofensivas contra o crime resultaram na prisão de pelo menos 60 suspeitos. Serrano detalha alguns aspectos da trajetória do farejador:

“Tomi é um cão que veio do exterior e foi treinado no canil central em Brasília, antes de ser enviado para São Paulo, onde trabalhou muito na busca por explosivos. Em 2017, foi encaminhado a Rondonópolis para reforçar o combate ao tráfico de drogas”.

Descanso merecido

Ainda de acordo com a PF, cães farejadores costumam atuar junto a agentes federais em rodovias, portos e aeroportos, dentre outros locais, além de servirem como atrativos em ações sociais voltadas à prevenção do uso de drogas. Mas geralmente entram em processo de aposentaria a partir dos 7 anos de vida.

“O Tomi já está com 9 anos, ou seja, dois a mais que o habitual”, detalha o policial. “Com a idade, eles começam a sofrer algumas limitações físicas, então avaliamos como melhor decisão aposentá-los para que tenham a vida normal de um cachorro.”

Com a missão agora cumprida, o destino de Tomi será a casa de um agente federal, “colega de trabalho”, procedimento já comum para os farejadores federais.

A sua vaga será ocupada pelo jovem cão Alan, de 1,5 ano e que foi treinado por especialistas do canil central da PF em Brasília. “É um cão muito bom e que já está pronto, após participar inclusive de algumas fiscalizações de rotina”, contou Serrano.

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