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Um casal brasileiro foi condenado à prisão nos Estados Unidos por ajudar a sequestrar o neto americano

O casal ajudou sua filha a sequestrar o neto e levar o menino de Houston, no Texas, para o Brasil. (Foto: Reprodução)

Os brasileiros Carlos Otavio Guimarães e Jemima Gonçalves deverão passar três meses e um mês em uma prisão nos EUA, respectivamente, e pagar US$ 75 mil (cerca de R$ 290 mil) cada um em multas por ajudarem sua filha, Marcelle, a sequestrar o neto e levar o menino de Houston, no Texas, para o Brasil. As informações são do portal de notícias G1.

O casal já havia sido considerado culpado em maio, mas só agora recebeu sua sentença.

Segundo o pai da criança, o médico norte-americano Chris Brann, o sequestro aconteceu em 2013, quando o menino, chamado Nicolas, tinha três anos. Naquele ano, Marcelle viajou ao Brasil para o casamento de um familiar. Ela não voltou mais aos EUA desde então e manteve o menino no Brasil.

Chris e Marcelle se casaram em 2008 e se separaram quatro anos depois. Os dois tinham a guarda compartilhada do filho, e o pai autorizou a viagem, porque a ex-mulher disse que retornaria a Houston em no máximo três semanas. Essa foi a terceira viagem dela com o menino ao Brasil autorizada por Brann.

Segundo a emissora ABC, um dos advogados da família Guimarães, Rusty Hardin, diz que Marcelle foi vítima de violência doméstica, e por isso fugiu com Nicolas. O casal, alega, estava apenas tentando ajudar a filha.

Carlos Otavio e Jemima foram presos nos Estados Unidos em 7 de fevereiro, no aeroporto internacional de Miami. Eles tinham ido ao país para visitar outro neto e foram liberados em 10 de março, depois de pagarem fianças de US$ 1 milhão cada.

Já a defesa do pai, apoiada por uma investigação de um agente do FBI, alega que a família Guimarães matriculou Nicolas em uma escola no Brasil em abril de 2013, três meses antes da viagem, o que indica uma clara premeditação de sequestro. Mesmo após matricular a criança, a família continuou garantindo ao pai que o menino voltaria ao Texas.

Audiência

Na audiência, o pai da criança afirmou que ele foi “emocionalmente mutilado por essa experiência. O que minha família e eu sofremos nas mãos desses réus tem sido tão doloroso que não posso imaginar o mesmo sendo infligido a outra alma humana. Como você tira o direito de um pai de ter o filho em sua vida?”. Ele também observou que ele foi consumido pela dor. “Meu menino se foi”, disse ele. “Por anos, eu implorei, implorei e implorei que trouxessem meu filho de volta, mas eles se recusaram.”

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