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Um navio de guerra que foi bombardeado na Segunda Guerra Mundial foi achado depois de 76 anos

USS Juneau afundou em ataque japonês que deixou mais de 600 mortos. (Foto: Reprodução)

Uma expedição pelo Sul do Oceano Pacífico encontrou os restos de um navio de guerra americano que foi bombardeado pelas forças japonesas e afundou com quase 700 pessoas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Apenas dez combatentes sobreviveram. Uma equipe financiada pelo cofundador da Microsoft e filantropo Paul Allen localizou o aparato bélico afundado na costa das Ilhas Salomão, 76 anos após o confronto.

O navio foi atingido por torpedos japoneses em novembro de 1942. Na ocasião, 687 homens morreram — entre eles, cinco irmãos que ficaram conhecidos como “os Sullivan”, naturais do estado americano de Iowa. Um navio militar foi batizado em homenagem à família, cujos membros mortos foram consagrados como heróis de guerra. Os jovens ficaram famosos porque desafiaram as regras militares que barravam parentes na mesma unidade e fizeram questão de lutar lado a lado na Segunda Guerra.

No confronto, a embarcação foi seccionada em duas partes após somente um ano de serviço e foi a pique em cerca de 30 segundos. Após o afundamento, ainda havia 115 sobreviventes, mas a operação de busca foi lenta, e apenas dez homens foram retirados do mar com vida. A descoberta do navio foi anunciada pelo próprio Allen em seu Twitter. O bilionário publicou imagens dos destroços, encontrados no sábado (18) a mais de quatro mil metros de profundidade, no solo do oceano.

Porta-aviões

Destroços do USS Lexington, um porta-aviões americano afundado durante a Segunda Guerra Mundial, foram encontrados no Mar de Coral, no Oceano Pacífico, revelou uma equipe de exploradores liderada pelo cofundador da Microsoft Paul Allen. O Lexington foi encontrado há duas semanas pelo navio de pesquisas R/V Petrel, a uma profundidade de cerca de 3 mil metros e a 800 quilômetros da costa oriental da Austrália. A equipe tirou fotos e gravou vídeos dos destroços. As imagens mostram o USS Lexington, um dos primeiros porta-aviões americanos, em um surpreendente estado de conservação.

O USS Lexington carregava 35 aviões a bordo quando afundou, e a equipe encontrou 11 aparelhos, incluindo um Douglas TBD-1 Devastator, 3 Douglas SBD Dauntlesses e um Grumman F4F-3 Wildcat.

É possível ver nesses aviões a insígnia da estrela de cinco pontas da Força Aérea Americana e até o desenho do Gato Felix e de quatro pequenas bandeiras japonesas na fuselagem de um aparelho, provavelmente mostrando o número de aviões inimigos abatidos.

A equipe de busca publicou ainda fotos e vídeos de partes do navio, incluindo uma placa de identificação e armas antiaéreas.

Batalha

O USS Lexington e outro porta-aviões, o USS Yorktown, lutaram contra três porta-aviões japoneses entre 4 e 8 de maio de 1942, na chamada Batalha do Mar de Coral.

O Lexington, chamado de “Lady Lex”, ficou seriamente danificado e foi deliberadamente afundado por outro navio de guerra dos Estados Unidos ao final da batalha. Ao menos 200 tripulantes do Lexington morreram na Batalha do Mar de Coral.

O almirante Harry Harris, que dirige o Comando do Pacífico e cujo pai lutou a bordo do Lexington, saudou o sucesso da exploração. “Como filho de um sobrevivente do USS Lexington, cumprimento Paul Allen e a equipe do navio de pesquisas Petrel por ter localizado ‘Lady Lex’, cerca de 76 anos após seu naufrágio na Batalha do Mar de Coral”. “Honramos o valor e o sacrifício dos marinheiros do ‘Lady Lex’ e de todos os americanos que lutaram durante a Segunda Guerra Mundial para garantir as liberdades que conquistaram para todos nós.”

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