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Um novo medicamento contra a esclerose foi aprovado pela Anvisa: A substância reduz surtos e atrasa a progressão da doença

(Foto: Reprodução)

Um medicamento inédito no Brasil para o tratamento da esclerose múltipla foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O produto é o Ocrevus (ocrelizumabe), que recebeu o registro de produto biológico novo no início do mês. O medicamento identifica e elimina linfócitos B específicos. Isso reduz a inflamação e os ataques na bainha de mielina, como também reduz a probabilidade de surtos e atrasa a progressão da doença.

O registro foi feito pela empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. O novo medicamento foi aprovado com a indicação para “tratamento de pacientes com as formas recorrentes de esclerose múltipla (EMR) e esclerose múltipla progressiva primária (EMPP)”. A esclerose múltipla é uma condição em que o próprio sistema imunológico acaba destruindo uma camada de gordura e proteína que reveste as células nervosas.

A substância ativa ocrelizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado recombinante que se liga a linfócitos B específicos, um tipo de células brancas do sangue que desempenham um papel na esclerose múltipla.

Pacientes

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima um total de 35 mil pacientes com esclerose múltipla no País, desses apenas 13 mil estão em tratamento.

A ausência de acompanhamento da esclerose múltipla implica na deterioração da qualidade de vida e coloca em cheque fatores importantes como a capacidade de locomoção, comunicação e inclusive o desempenho sexual, perda apontada como a quarta colocada no ranking de importância de preocupação entre pacientes homens, feito na Universidade de Coimbra, em Portugal.

A rotina de um paciente com esclerose múltipla é repleta de pontos altos e baixos. Os “surtos”, conjunto de sintomas que aparecem e reaparecem com o passar do tempo dependendo do estágio em que a doença se encontra, prejudicam diretamente a qualidade de vida e podem gerar diversas incapacidades.

Entre esses sintomas está a disfunção sexual, grande preocupação principalmente dos homens acometidos pela esclerose múltipla. Estima-se que 90% deles apresentem disfunção sexual em algum estágio da doença, e estudos apontam que, entre as incapacidades resultantes, como perda de equilíbrio, coordenação motora, força e visão, a disfunção é a quarta colocada em um ranking de importância de preocupação entre pacientes do sexo masculino, enquanto entre as mulheres aparece em 10º lugar, de acordo com um estudo feito na Universidade de Coimbra, em Portugal.

 

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