Segundo pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil está na segunda pior posição da América Latina para quem quer empreender.
Dentre os principais problemas, está o tempo que se leva para abrir uma empresa e o alto custo da água, internet e dos serviços de TI.
Que o brasileiro é criativo e encontra solução para tudo, ninguém discute, mas os entraves e atraso como país superam, muitas vezes, qualquer força de vontade que um empreendedor possa ter para abrir um negócio.
É sabido que o que mais gera riqueza e melhorias na vida das pessoas é fruto do empreendedorismo. Contudo, infelizmente quem dita as regras hoje ainda não compreende o valor do sacrifício que é gerar um negócio e criar empregos.
Alguns tipos de negócios podem levar cerca de seis meses para receber a autorização necessária, após todo o trâmite burocrático de documentação para dar início às operações. Quantas pessoas podem aguentar tanto tempo trabalhando para abrir um negócio sem conseguir faturar um centavo sequer? Por esse motivo, talvez digamos que o povo brasileiro é forte e não desiste nunca, tamanha a força de vontade que o indivíduo tem de ter para conseguir realizar seus projetos e gerar impacto na sociedade.
Finalmente, algumas medidas começaram a ser adotadas para mudar essa realidade, como o chamado “Revogaço”, ação de alguns vereadores e deputados que busca analisar as leis vigentes para entender se elas não estão atravancando o avanço dessas empresas.
Chega a ser triste olhar para o nosso País e ver tanta gente capaz desistindo dos seus sonhos por conta dos elevados valores que se é obrigado a pagar ao governo, desmotivando qualquer um que tenha o objetivo de fazer a diferença.
É necessário mudar essa realidade e valorizar quem quer enfrentar toda essa máquina burocrática. Precisamos de um novo olhar para aqueles que estão dispostos a encarar um novo desafio, para que, em alguns anos, possamos estar em segundo lugar novamente, mas na ponta de cima do ranking.
Fabio Steren, é consultor em segurança, empresário e associado do IEE.
