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Um passo firme rumo à equidade: reflexões sobre a 6ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres

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A realização da 6ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres Miguelina Vecchio, entre os dias 12 e 14 de setembro em Porto Alegre, representa muito mais do que um evento institucional. É um marco simbólico e prático na luta por uma sociedade mais justa, igualitária e democrática. Em tempos em que os direitos das mulheres ainda enfrentam retrocessos e resistências, reunir lideranças femininas de todo o Rio Grande do Sul para debater políticas públicas é um ato de resistência e esperança.

O tema central — “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas” — não poderia ser mais pertinente. Ele evoca a urgência de ampliar a participação feminina nos espaços de decisão e de garantir que as conquistas obtidas até aqui não sejam apenas mantidas, mas aprofundadas. A presença da Ministra da Mulher, Márcia Lopes, reforça o compromisso institucional com essa pauta, mas é nas vozes das delegadas municipais que reside a verdadeira força transformadora do evento.

A programação da conferência, que inclui painéis sobre políticas públicas nos municípios e a Agenda 2030, mostra uma preocupação em alinhar os debates locais com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Isso é essencial: pensar políticas para as mulheres não é apenas uma questão de gênero, mas de desenvolvimento, justiça social e cidadania.

A escolha de 102 delegadas para representar o estado na etapa nacional é outro ponto alto. Mais do que números, essas mulheres levarão consigo as demandas, os sonhos e as propostas construídas coletivamente. A expectativa é que as três propostas definidas ao final do encontro reflitam a diversidade e a complexidade dos desafios enfrentados pelas mulheres gaúchas — especialmente aquelas que vivem nas periferias, nas zonas rurais e em contextos de vulnerabilidade.

Por fim, é importante destacar o simbolismo do nome da conferência: Miguelina Vecchio. Homenagear uma mulher que dedicou sua vida à luta por direitos é uma forma de manter viva a memória de quem abriu caminhos e inspirar novas gerações a seguir adiante.

A 6ª Conferência não é apenas um evento. É um chamado à ação. Que Porto Alegre seja, neste fim de semana, o epicentro de um movimento que ecoe por todo o país.

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