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Um policial é morto com um tiro na cabeça ao cumprir mandado de prisão durante operação contra o tráfico em Gravataí. Sua mulher, também policial, presenciou o crime

Colegas prestaram homenagens. (Foto: Divulgação/PC/DEIC)

Um policial civil foi morto nesta sexta-feira (23) pela manhã, durante o cumprimento de mandado de prisão no município de Gravataí, na Região

Rodrigo Wilsen

Metropolitana de Porto Alegre. O escrivão Rodrigo Wilsen da Silveira, de 39 anos, era chefe de investigação da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí e participava de uma operação no combate ao tráfico de drogas em um condomínio na Travessa Herbert, na região central do município.

Ao ingressar no apartamento indicado, o policial levou um tiro na cabeça de um dos criminosos. O agente foi socorrido às pressas pelos colegas e conduzido ao Hospital Dom João Becker, mas não resistiu aos ferimentos.

Sua mulher, Raquel Biscaglia, que também é policial civil, estava na mesma operação e presenciou a morte do companheiro. O casal tinha filhos, duas crianças pequenas.

Após a troca de tiros entre policiais civis e bandidos, uma mulher e quatro homens foram presos. Com a quadrilha, foram apreendidas drogas, armas, munição e dois automóveis. O autor dos disparos foi preso.

 

Ainda pela manhã, o chefe da Polícia Civil no Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, publicou uma nota no site oficial da instituição sobre a morte do colega.

“Ele deixa como legado sua bela trajetória marcada pelo profissionalismo e dedicação incondicionais”, escreveu. “Diante desta perda irreparável, a Polícia Civil se solidariza com a dor dos familiares e amigos do escrivão Rodrigo.”

Governador lamenta morte de policial

O governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, também lamentou a morte do policial. Sartori afirmou em nota que “Quando morre um policial defendendo a sociedade, morre um pouco da nossa própria civilização” e que tem “muito respeito pelo trabalho das forças da segurança”.

O chefe do executivo gaúcho disse ainda que vai ” continuar fazendo mudanças para tornar o Rio Grande do Sul um estado cada vez mais seguro”. Sartori terminou afirmando que “estamos todos em luto”.

Confira a nota na íntegra:

“Morreu um policial em combate: Rodrigo Wilsen da Silveira. Quando morre um policial defendendo a sociedade, morre um pouco da nossa própria civilização. E é preciso lembrar dos direitos humanos daqueles que, todos os dias, colocam a própria vida em risco para enfrentar a criminalidade.

É fácil criticar as polícias, difícil é estar no front. Tenho muito respeito pelo trabalho das forças da segurança. Comecei no movimento estudantil, tenho vida pública há mais de 40 anos, presidi a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. E por isso mesmo sei que a democracia depende do respeito à lei e à ordem.

Vamos continuar fazendo mudanças para tornar o Rio Grande do Sul um estado cada vez mais seguro. Meus sentimentos à família do Rodrigo, a sua esposa Raquel Biscaglia, que também estava na operação, e à grande família da nossa Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Transmitam, secretário Cezar Schirmer e delegado Emerson Wendt, minha respeitosa mensagem. Estamos todos em luto.

José Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul.

“Sirenaço”

Na tarde desta sexta-feira, um grupo de policiais civis estacionaram suas viaturas em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre, e fizeram um “sirenaço” como forma de homenagem pela morte do policial Rodrigo Wilsen da Silva, durante uma operação em Gravataí.

Dalí, uma carreata seguiu pelas ruas da Capital e o grupo seguiu, já no final da tarde, para uma funerária de Canoas, onde o corpo do agente se encontrava. As viaturas seguiram depois até a sede do Tribunal de Justiça do Estado e também do Ministério Público.

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