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A ONU disse que a Coreia do Norte continua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis

Testes de mísseis da Coreia do Norte, em imagem de 2017. (Foto: Reprodução)

A Coreia do Norte continua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis, o que viola as sanções internacionais impostas ao país. A conclusão é de um relatório confidencial das ONU (Organização das Nações Unidas) que foi revelado neste sábado (04) pela CNN.

O documento foi elaborado por analistas independentes que apresentam seus resultados a cada seis meses ao Comitê de sanções à Coreia do Norte do Conselho de Segurança da ONU. O relatório também diz que a Coreia do Norte desafia as sanções através de pessoal diplomático e outros norte-coreanos radicados no exterior e continua vendendo armas convencionais.

Para a CNN, o relatório da ONU parece confirmar as notícias publicadas pelo jornal The Washington Post há poucos dias, que sugeriam que a Inteligência dos EUA tinha encontrado novas informações, incluindo imagens de satélite, que mostravam que a Coreia do Norte poderia estar em processo de construção de novos mísseis.

O relatório da ONU vem a público no momento em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, está em Singapura para uma reunião ministerial da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático).

Nesse fórum, Pompeo afirmou que defende que se mantenha a pressão diplomática e econômica sobre Pyongyang enquanto o país não der passos concretos para desmantelar seu programa nuclear. Em junho, a Coreia do Norte se comprometeu em desmontar o seu programa nuclear durante o encontro inédito de seu ditador, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Singapura.

Os dois países se comprometeram a “deixar o passado para trás” e afirmaram que “o mundo verá uma grande mudança”. Porém, o documento final não estabelecia metas ou detalhes de como o abandono da produção de armas seria feito de forma completa, irreversível e verificável, como pedem os Estados Unidos.

A entrega dos restos mortais que seriam de soldados americanos vítimas da Guerra na Coreia (1950-1953) é vista como concreto firmado pelas duas partes até agora. A transferência nesta semana das caixas com restos mortais, que ainda passarão por um processo de identificação, foi vista como um gesto de boa vontade de Kim. Trump agradeceu e disse que espera revê-lo em breve.

Soldados

A repatriação dos restos mortais desaparecidos desde o conflito é vista como um gesto diplomático modesto mas importante, já que foi um dos pontos acordados entre Donald Trump e o ditador Kim Jong-un, em cúpula em junho em Cingapura. “Após tantos anos, este será um grande momento para tantas famílias. Obrigado, Kim Jong-un”, escreveu Trump nas redes sociais.

Nota divulgada pela Casa Branca antes dizia: “Estamos encorajados pelas ações da Coreia do Norte e pelo momento de mudança positiva”. Um avião C-17 da Força Aérea Americana ou da cidade de Wonsan, no nordeste da Coreia do Norte, foi usado para levar os restos à base aérea de Osan, no Sul, onde os soldados americanos montaram uma guarda de honra.

 

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