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Um transplante de rim nos Estados Unidos tem maior probabilidade de ser realizado durante a semana do que na sexta-feira ou no sábado

A contaminação acontece pelo uso de produtos e objetos infectados durante procedimentos médicos, especialmente os invasivos. (Foto: Reprodução)

Um transplante de rim nos Estados Unidos tem maior probabilidade de ser realizado durante a semana do que na sexta-feira ou no sábado.

 

Um transplante de rim nos Estados Unidos tem maior probabilidade de ser realizado durante a semana do que na sexta-feira ou no sábado. Pesquisadores da Universidade Columbia (EUA) denominaram “weekend effect” (efeito fim de semana, na tradução livre) para essa situação.

O médico Sumit Mohan e seus colaboradores apresentaram essa conclusão, com base em dados do Registro de Receptores de Transplantes dos Estados Unidos, na reunião recente da Sociedade Americana de Nefrologia em San Diego, Califórnia (EUA).

Os pesquisadores identificaram e compararam os rins de doadores mortos obtidos na sexta e no sábado com os recebidos nos outros dias da semana. Verificaram que os órgãos dos finais de semana tinham maior probabilidade de serem descartados do que os obtidos nos outros dias da semana. Para os autores, finais de semana estão associados a menos recursos em limitados centros médicos, o que poderia afetar o resultado da cirurgia de transplante, ocorrência não observada em complexos hospitalares.

Dados oficiais.
De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%, passando de 14.175 procedimentos em 2004, para 23.226 em 2014. Em números absolutos, São Paulo se destaca como o maior centro de transplantes do País, com 8.364 procedimentos realizados, sendo a maior parte de córnea (4.661). O segundo Estado com maior volume de transplantes é Minas Gerais (2.196), seguido por Paraná (1.615), Rio Grande do Sul (1.590), Pernambuco (1.397) e Ceará (1.372).

De acordo com dados do CGSNT (Sistema Nacional de Transplantes) do Ministério da Saúde, as cirurgias realizadas em 2014 contaram 7.669 transplantes de órgãos sólidos, 13.456 de córnea e 2.076 de medula óssea. O transplante de coração teve aumento de 85% (passando de 167 para 309) se comparado com 2010, seguido por fígado 26% (passando de 1.404 para 1.769) e medula óssea 22,5% (ultrapassando 1.695 para 2.076).

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