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Uma empresa aérea espanhola vai operar rotas domésticas no Brasil

Air Nostrum: espanhola é especializada em voos regionais na Europa. (Foto: Air Nostrum/Divulgação)

Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou hoje que a empresa aérea espanhola Air Nostrum vai operar rotas domésticas no Brasil. A previsão é que a operação comece do segundo semestre de 2020.

“A aprovação de até 100% de capital estrangeiro em empresas que operam voos domésticos foi permitida a partir de 2019, com a publicação da Lei nº 13.842/19, que retira limites de investimentos estrangeiros em empresas aéreas que querem operar no país”, destaca a Anac.

Depois de obter a licença, a Air Nostrum – que é baseada em Valência – pretende adotar outro nome comercial no Brasil e começar a oferecer voos regionais. O início da operação está previsto para o segundo semestre de 2020.

Controlada desde 1994 pelo empresário espanhol Carlos Bertomeu, a Air Nostrum transportou 4,7 milhões de passageiros em 75.000 voos para 54 aeroportos em 2018, de acordo com os dados mais recentes disponíveis. A Air Nostrum tem uma parceria exclusiva para operar voos regionais no continente europeu para a também espanhola Iberia.

A dona da Air Nostrum em novembro passado comprou da companhia turística espanhola Globalia o controle da Air Europa por 1 bilhão de euros. A Air Europa opera há 15 anos voos ligando capitais brasileiras a Madri. Executivos do mercado aéreo brasileiro especulam que as duas subsidiárias da Iberia podem fazer no futuro um acordo para transportar o passageiro que vem da Europa até o seu destino final no interior do país por preços mais baixos.

A Air Nostrum é a segunda companhia aérea estrangeira a pedir autorização para operar voos domésticos no Brasil, e também a segunda espanhola. No ano passado, a Globalia, que ainda tem uma participação pequena na Air Europa, conseguiu licença da Anac para operar localmente no Brasil. A Globalia, contudo, ainda não começou a operação nem divulgou planos sobre eventuais rotas que planeja operar. A legislação que impedia que companhias aéreas com capital 100% estrangeiro operassem voos domésticos no país foi alterada no ano passado. Até então, somente empresas com menos de 20% de participação de grupos do exterior podiam voar localmente.

Além da Air Europa, o Brasil viu uma enxurrada de companhias aéreas chegando ao país no ano passado. Até agora, foram autorizadas a voar no país a argentina Flybondi (que faz voos para Buenos Aires), as chilenas JetSmart e Sky (para Santiago) e a norueguesa Norwegian (que liga o Rio de Janeiro a Londres). Todas atuam no formato de operação de baixo custo, que oferecem passagens mais baratas em troca de menos serviços e maior eficiência operacional. Todas elas, contudo, fazem somente voos internacionais, diferentemente do que planeja a Air Nostrum.

A corrida de empresas aéreas estrangeiras para começar a servir o Brasil é também resultado de um esforço da Anac para atrair mais operadoras, ampliando o número de destinos atendidos, fomentando a concorrência e estimulando o desenvolvimento regional do País.

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