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Uma medida provisória será publicada no dia 1º para ajustar os novos ministérios do governo Bolsonaro. A pasta da Economia terá sete secretarias especiais

Ministérios "fatiados", como o do Trabalho, devem enfrentar maior dificuldade de realocação. (Foto: EBC)

O redesenho dos ministérios, com as suas respectivas secretarias especiais, será objeto de uma MP (medida provisória) com publicação prevista para a manhã da próxima terça-feira, 1º de janeiro, horas antes de Jair Bolsonaro (PSL) ser oficializado no comando do Poder Executivo. Essa iniciativa é necessária para dar posse aos novos ministros. A equipe do presidente eleito fundiu pastas criando “superministérios”, como o da Economia, e fatiou atribuições antes concentradas no Ministério do Trabalho.

Integrantes da equipe de transição de governo afirmam que os servidores continuarão nos mesmos edifícios, ou seja: poderão ficar separados mesmo ao atuar em uma mesma pasta. Após a publicação da MP, o novo governo editará uma série de decretos para redirecionar a verba orçamentária. A maior dificuldade de realocação deve ser enfrentada pelos ministérios que foram “fatiados”, como o do Trabalho.

De acordo com o atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago, que fará parte do futuro “superministério” da Economia como secretário especial-adjunto da Fazenda, não há risco de que todas essas mudanças paralisem o governo que assumirá na próxima terça-feira o comando do País até 2022.

Guedes

Na Economia, a secretaria especial da Previdência idealizada por Paulo Guedes contará com o mesmo status das outras seis já anunciadas. Dessa maneira, Rogério Marinho se reportará diretamente a Guedes. Inicialmente, elas seriam chamadas de “secretarias gerais”, mas mudaram de nome por uma questão de organização do Executivo.

Dentre os assessores especiais do “superministro” da Economia de Bolsonaro está o presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Guilherme Afif Domingos – ainda hoje lembrado também como candidato a presidente da República na eleição de 1989 (que teve Fernando Collor de Mello como vencedor), pelo hoje extinto PL (Partido Liberal).

Os diretores do Banco Central, alguns dos quais já foram anunciados, também assumirão os seus respectivos cargos junto com o futuro presidente da instituição, Roberto Campos Neto. João Manoel Pinho de Mello, atual secretário de Política Econômica da Fazenda, assumirá a Diretoria de Organização do Sistema Financeiro. Bruno Serra Fernandes foi indicado para a Diretoria de Política Monetária.

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