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A vacina CoronaVac tem efeito mais fraco em idosos

CoronaVac chegou no início de agosto no RS. (Foto: Bruno Todeschini/Divulgação/PUCRS)

A Sinovac Biotech, empresa chinesa que desenvolve vacina contra a Covid-19 em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, informou nesta segunda-feira (7) que ela se mostrou segura para pessoas mais velhas, porém as respostas imunológicas desencadeadas foram ligeiramente mais fracas nessa faixa etária.

De acordo com a representante da empresa, Liu Peicheng, em informação à agência Reuters, a vacina CoronaVac não causou efeitos colaterais graves em testes clínicos combinados de Fase 1 e Fase 2 iniciados em maio com 421 participantes com 60 anos ou mais.

“Dos três grupos de participantes que tomaram respectivamente duas injeções de baixa, média e alta dose de CoronaVac, mais de 90% tiveram uma alta significativa nos níveis de anticorpos, mas os níveis foram ligeiramente mais baixos do que os observados em indivíduos mais jovens, ainda que em linha com as expectativas”, disse Lu.

Os resultados são preliminares e foram obtidos após testes de nível inicial a intermediário. Os dados completos não foram publicados nem apresentados à agência.

Autoridades de saúde pelo mundo querem saber se as vacinas em pesquisa podem proteger com segurança os idosos, cujo sistema imunológico geralmente reage de forma menos potente aos imunizantes contra o coronavírus, que já causou quase 900 mil mortes no mundo.

CoronaVac

A CoronaVac, vacina que está sendo testada no Brasil e na Indonésia no estágio 3 (final) para verificar sua eficávia e segurança para uso em massa, já foi aplicada em milhares de pessoas, incluindo cerca de 90% dos funcionários da Sinovac e suas famílias, como parte do esquema de vacinação de emergência da China para proteger as pessoas que enfrentam alto risco de infecção.

A vacina chinesa pode permanecer estável por até três anos no armazenamento, de acordo com sua representante, o que pode oferecer à Sinovac alguma vantagem na distribuição do produto para regiões onde o armazenamento em ambiente refrigerado não é uma opção.

Hospital São Lucas

Vinda do Instituto Butantan, a vacina chinesa CoronaVac, que está sendo testada no Brasil para combater a Covid-19 chegou, no Rio Grande do Sul, no dia 3 de agosto ao Hospital São Lucas da PUCRS. A equipe do hospital, que teve mais de 5 mil inscrições de voluntários interessados em participar do estudo, recebeu nesse dia os primeiros lotes com os insumos para a testagem.

Segundo Saulo Bornhorst, diretor técnico do HSL, desde o início da pandemia, com uma intensa preocupação da população, os testes clínicos da CoronaVac podem ser tornar uma grande solução. “Imaginamos que o desfecho positivo mais provável para essa situação do coronavírus seja pela vacinação. Essa chegada das doses é um marco. A pesquisa tem um protocolo de preenchimento de dados. Os voluntários preencherão um formulário, tem o termo de responsabilidade”, comentou na ocasião o diretor técnico do hospital.

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